Thursday, February 12, 2015

“Cinquenta Tons de Cinza”

Não li o livro, mas de acordo com depoimentos de quem o leu, ele é um tratado de uma relação sado-masoquista, escrito por E. L. James. Pois o filme “Cinquenta Tons de Cinza”, direção de Sam Taylor-Johnson, é de uma pobreza exemplar. O romance, aliás, romance não, o relacionamento entre o jovem milionário Christian Grey (Jamie Dornan) e a estudante de literatura Anastasia Steele (Dakota Johnson, filha de Melanie Griffith e Don Johnson) é completamente insípido.
Os dois se conhecem quando ela faz uma entrevista para um trabalho de faculdade com ele, para ajudar uma amiga doente. A atração é imediata, mas ele avisa: “Não gosto de romance. Não sou homem disso”, enquanto tenta fugir dela, mas sempre voltando. até se revelar um entusiasta de jogos sexuais. Christian propõe um contrato para Anastasia, para ver se ela se submete as taras dele. O problema do filme é que falta ousadia.

As cenas de sexo são por demais convencionais, e o que dizer do uso dos instrumentos utilizados por Christian, como chicotes. É o típico um tapinha não dó, de tanta falta de ânimo do protagonista. Que saudade de Mickey Rourke e Kim Basinger em “Nove e Meia Semanas de Amor”, clássico oitentista dirigido por Adrian Line.

E as atuações? Jamie Dornan e Dakota Johnson parecem ter decorado o texto e o declamam de forma teatral, sem o mínimo do entusiasmo. No piloto automático. A trilha sonora, repleta de popzinhos chatos e irritantes, é outro gol contra. Nem mesmo ajuda a inclusão de Beast of Burden, dos Rolling Stones, em determinado momento happy do casal mais chato dos últimos tempos.

Cotação: ruim
Chico Izidro

2 comments:

Anonymous said...

Gostei bastante, será que sou "morna" em meus relacionamentos???

Anonymous said...

Gostei bastante, será que sou "morna" em meus relacionamentos???