quinta-feira, abril 16, 2015

“Força Maior”





Uma família perfeita, pais e filhos lindos curtem as férias nos Alpes franceses. A mãe, orgulhosa do marido, trabalhador e que bancou aquela viagem dos sonhos. Até que durante um Almoço, começa uma avalanche, provocada pelos trabalhadores do hotel. Todos estão sentados e ficam olhando, admirados, aquela parede branca descendo montanha abaixo. E ela se aproxima, aproxima. Então Tomas (Johannes Bah Kuhnke) sai em desabalada carreira, empurrando todos à sua frente e deixando a mulher e os filhos para trás. Só que a avalancha para repentinamente e fica apenas uma leve névoa, que vai se esvanecendo. Ebba (Lisa Loven Kongsli) olha os filhos, a quem protegeu com o corpo e procura o marido.

Minutos depois, ele volta como se nada tivesse ocorrido. Mas algo naquele gesto dele rompeu a confiança de todos em “Força Maior” (Force Majeure), direção de Ruben Östlund.
Nos dias seguintes, o diálogo entre o casal simplesmente desaparece. Ebba não confiar no marido, e pior, quando durante um jantar com amigos, ela conta a atitude covarde de Tomas, que nega, e diz que Ebba está distorcendo os acontecimentos.

Os filhos também sentem a mudança e começam a ficar ariscos e mostrando sinais de depressão, achando que os pais irão se separar.
“Força Maior” é chocante, mostrando como existe uma tênue linha entre a admiração e a decepção. As longas sequências mostrando o casal em silêncio, constrangidos pelo ocorrido, são angustiantes. E fica a pergunta: como o casal conseguirá lidar com sua relação depois daquele evento?

Cotação: ótimo
Chico Izidro

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