quinta-feira, abril 23, 2015

“Não Olhe Para Trás”




Al Pacino está impagável nesta comédia romântica, que peca pelo título nacional: “Não Olhe Para Trás” (Danny Collins), direção de Dan Fogelman. O nome do filme é o do personagem de Pacino, mas algum esperto da indústria achou que assim o público não entenderia.

Danny Collins é um músico que começou a carreira cantando músicas de protesto e folks. Quarenta e poucos anos depois, ele se sente meio arrasado, pois parou de compor e ficou preso a apenas uma música, popzinha, que seus fãs pedem ardorosamente em todos os seus shows. No dia de seu aniversário, seu melhor amigo e empresário Frank (Christopher Plummer) lhe presenteia com algo que vai mudar a sua vida. Quando jovem e idealista, Danny havia dado uma entrevista a uma revista. John Lennon a leu e lhe enviou uma carta, dizendo para que ele nunca abandonasse seus ideais. Mas o editor da revista não a entregou a Danny, achando que poderia faturar uma grana com ela. Pois 40 anos depois, a carta está na mão de Danny, que ao lê-la decide alterar o modo de vida.

Ele deixa tudo para trás, se hospeda num hotelzinho em New Jersey, onde se apaixona pela gerente vivida por Annete Benning, e tenta se aproximar do filho, interpretado por Bobby Cannavale, a quem então nunca havia dado a mínima bola. Além disso, ainda tenta voltar a compor.

O filme tem diálogos engraçados, às vezes derrapa na pieguice, mas tenta passar a mensagem de que devemos ser fiéis a nossos ideais. A história é baseada em personagem real – um músico que realmente deveria ter recebido uma carta de John Lennon, e ela só caiu em suas mãos quando a sua carreira não havia decolado.

Cotação: bom
Chico Izidro

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