Thursday, February 07, 2008

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet



A obra de Tim Burton se baseia na morbidez. Agora em seu novo trabalho, o "irmão gêmeo" de Robert Smith, do The Cure, une seu tema preferisdo a um estilo de dificil aceitação pelo público: o musical. Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet nos leva a Londres do século 19 e a vingança de um homem que se viu injustiçado.
O tal homem e barbeiro é Johnny Depp, alter-ego de Burton e que faz seu sétimo trabalho com o diretor. Todd ficou preso durante 15 anos, para sair do caminho do vilanesco juiz Turpin (Alan Rickman), que quis para si a mulher do infeliz. De volta à Londres, ele planeja a vingança, ao mesmo tempo que se transforma num serial killer, incentivado pela cozinheira sra. Lovett (Helena Bonham Carter), que faz bolos de carne...humana!
Há de se ter muita paciência para ouvir duas horas de cantorias - o diretor optou por escalar atores cantando ao invés de dublá-los. Só que o visual de época compensa o sacrifício. Outra coisa: se você se negou a ver Jogos Mortais por achar que tem muito sangue e degolamentos por lá, não vá achando que em Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet será diferente. O sangue jorra fartamente.
Depp, como sempre, dispensa comentários. Seu personagem é apaixonante e a cena em que canta enquanto duela com suas navalhas podem (devem) se tornar um clássico. Helena Bonham Carter, a esposa de Burton na vida real, tem um visual aterrador, mas é uma boa atriz.
No entanto, Alan Rickman, o professor Severo Snape, da série Harry Potter, virou o ator de um personagem só. Ele sempre aparece afeminado, com as mesmas "caras e bocas". Deveria fazer uma reciclagem. Assim como o eterno coadjuvante Timothy Spall, o Beadle. Apesar de respeitado no teatro da Inglaterra, o baixinho de dentes tortos, repete o mesmo de outros filmes, onde é sempre o ajudante do vilão.

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