quinta-feira, abril 28, 2011

O Retrato de Dorian Gray



Primeiro, o comentário. Pediram-me a dica de um filme e indiquei O Retrato de Dorian Gray.
O quê? ouvi de volta.
Repeti: O Retrato de Dorian Gray.
O quê? de novo a dúvida.
Continuei: Baseado no livro de Oscar Wilde.
Quem?
Aí desisti. E fiquei me perguntando o que andam ensinando nas aulas de literatura ou nas faculdades nos dias de hoje...
O Retrato de Dorian Gray, com direção de Oliver Park, é uma filmagem do livro do escritor irlandês que sacudiu Londres no final do Século XIX.
Dorian Gray é o rapaz que se nega a envelhecer e curte a vida com tudo o que de bom ela pode proporcionar. O nobre inglês, no entanto, guarda um segredo: ele permanece jovem e quem envelhece é um quadro com sua imagem, que ele esconde no sótão. E para manter esse segredo vale tudo, até mesmo matar.
O problema é que tudo tem um preço. E enquanto todos envelhecem à sua volta, Gray permanece belo e vendo que o mundo vai mudando - aqui a história chega até aos limiares da I Guerra Mundial. E isso vai alterando o seu conceito.
O filme, tanto quanto o livro, fala de vaidade, egoismo, de amor, de esnobismo, de riqueza. E ao final, dá vontade de ir até a estante e reler a obra de Oscar Wilde.
Dorian Gray é interpretado sem muito vigor por Ben Barnes, de As Crônicas de Narnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada. Mas ele tem de fazer um cara bonito, então era isso. E ainda tem que duelar com o sempre ótimo Colin Firth, no papel do devasso Lord Henry Wotton.
cotação: bom
Chico Izidro

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