Tuesday, April 19, 2011

Rio



A animação Rio, do brasileiro Carlos Saldanha, é perfeita tecnicamente. Chega a ser impressionante a reprodução dos pontos turísticos da Cidade Maravilhosa e o climax, passado na Marques de Sapucaí, é de encher os olhos. Os pássaros também são de uma perfeição incomum e os dois protagonistas ganham a simpatia imediata do espectador.
Na onda ecológica, Rio fala do tráfico de animais - a arara azul Blu, que tanto pode significar azul ou tristeza (sem a letra e), é levada da Floresta da Tijuca para a gélida Minnessota por traficantes, mas acaba se perdendo e é achada pela solitária Linda. Anos depois, Blu é a solução para evitar a extinção da espécie e acaba voltando ao Brasil para procriar com a rebelde Jade. A fêmea é uma rebelde, que não se conforma com o cativeiro e só almeja escapar de volta para a natureza.
Só que no Rio de Janeiro, o casal de araras acaba caindo nas mãos de traficantes, junto com dezenas de outros animais. E passam a tentar escapar do destino cruel, que pode ser até o empalhamento. O problema é que Blu, criado dentro de casa por Linda, não sabe voar e tem um imenso medo de tentar.
A história é até legalzinha, porém carece de boas piadas. E pior, incomodou-me o fato de Carlos Saldanha ter sujeitado o filme à visão dos americanos sobre os brasileiros. Nós estamos sempre farreando e pensando em carnaval, e a bossa nova e o samba são escutados por todos os brasileiros...bem, pelo menos não tinha o terrível funk carioca na trilha.
Cotação: regular
Chico Izidro

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