Você pode ter uma vida normal, mas determinado evento forte pode disparar um gatilho. Bom, você se descobre doente. Depressão, bipolaridade. No caso de Pat foi flagrar a mulher, por quem era absurdamente apaixonado, na cama com outro homem. “O Lado Bom da Vida”, direção de David O. Russell, visita esta questão, mostrando a bipolaridade de dois personagens, vividos intensamente por Bradley Cooper (Se Beber Não Case) e Jennifer Lawrence (O Inverno da Alma).
A vida de Pat dá um giro de 180 graus com a traição, e ele passa vários anos internado. Mas na sua cabeça foram apenas nove meses. Ao sair, volta a morar com os pais. A família, porém, não é nada certa. Uma família disfuncional. O pai, Pat Sr. (Robert de Niro, em sua melhor atuação em anos e sem apelar para as caretas que já estavam tornando-se uma marca registrada), tem toc e é viciado) em jogatinas, enquanto que a mãe, Dolores (Jacki Weaver, de ) é completamente passiva e carente. Pat ainda acredita poder recuperar a esposa e salvar o casamento, mas não pode chegar perto dela, por determinação judicial. Ainda por cima, o cara perde o controle facilmente, tem atitudes intempestivas, que pioram sua situação. Até que surge em seu caminho a linda viuvinha Tiffany (Jennifer Lawrence, cativante e sexy como nunca), viciada em sexo, que interessa-se por ele. A garota, no entanto, não quer só um namorico, quer ainda um parceiro para um concurso de danças.
O envolvimento dos dois não é nada fácil. Duas pessoas problemáticas, sofridas. Que acabam atraindo-se. A história é previsível, mas contada de uma forma singela e honesta. Claro que as soluções fáceis surgem. Um exemplo que traumas, doenças, não são solucionados apenas com um novo amor. Mas pelo menos o amor dá esperança.
Cotação: bom
Chico Izidro
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