sábado, junho 22, 2013

"Minha Mãe É Uma Peça"

O ator Paulo Gustavo tem um programa delicioso no Multishow, o "220 Volts", onde interpreta diversos personagens, muitos deles mulheres doidas. E no show são analisados todos os tipos humanos. Uma delas é uma mãe de família, extremamente apegada aos filhos, mas tagarela e sem noção ao extremo. Ela é inspirada na própria mãe do ator. E agora ganha um longa metragem, "Minha Mãe É Uma Peça", direção de André Pellenz.

Na história, dona Hermínia escuta os filhos, o gay Juliano (Rodrigo Pandolfo) e a gorda Marcelina (a ótima Mariana Xavier) a criticarem. Magoada, sai de casa para dar uma lição aos filhos - será que com ela longe, eles conseguirão se virar? Claro que não, devido a sufocante educação que Hermínia deu para os rebentos. Os dois não têm condições nem de fazer um sanduíche.

O filme tem cenas engraçadas, Paulo Gustavo é ótimo ator, e os tipos vistos no filme podem ser encontrados na vida real de cada um todos os dias. O problema é que dificilmente um personagem com força num esquete consegue ter fôlego para sobreviver num longa metragem. "Minha Mãe É Uma Peça" tem mais baixos do que altos, às vezes caindo na banalidade, e escorregando no sentimentalismo barato.

A melhor parte acaba sendo durante os créditos finais, quando Paulo Gustavo aparece filmando a sua mãe dentro do apartamento. E ela tentando fugir da câmera, desfiando uma fileira de palavrões.

Cotação: regular
Chico Izidro

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