quarta-feira, junho 12, 2013

“Odeio o Dia dos Namorados”


Para começar, “Odeio o Dia dos Namorados”, é um dos maiores merchandising já levados à telona pelo cinema nacional em todos os tempos. Depois, a chupação descarada de filmes românticos americanos, e do clássico literário “Um Conto de Natal”, de Charles Dickens.

E todos estes ingredientes acabam proporcionando um filme diferente, longe daquelas baboseiras escatológicas e apelativas que estamos acostumados a ver, produzidas principalmente pela Globo Filmes.

“Odeio o Dia dos Namorados”, dirigido por Roberto Santucci, é protagonizado por Heloisa Périssé, que vive uma mesquinha publicitária, que tem de criar uma campanha para o bombom Sonho de Valsa. Débora subiu na carreira pelo talento, mas também atropelando tudo e a todos, sem pensar nos efeitos colaterais que afetaram profundamente sua vida e a das outras pessoas. Aos 40 e poucos anos, é solitária e odiada pelos colegas da agência de publicidade onde vive, apesar de ainda amar o namorado de adolescência.

Um dia Débora recebe a visita de um fantasma, seu melhor amigo, o gay Geraldo (Marcelo Saback), que morreu de ataque cardíaco um ano antes. E Geraldo leva Débora a revisitar sua vida passada e conhecer a futura. Neste redemoinho, o filme tem boas sacadas, mas nada original, como a reconstituição dos anos 1980, com suas festinhas de garagem, a perda da virgindade, mas também os infames Menudos e os mullet.

Heloisa Périssé, normalmente exageradamente histérica, está contida e vai bem em todo o filme. Os destaques acabam sendo o amigo gay Geraldo, e Danielle Winits, como a delegada namorada de Heitor (Daniel Boaventura, destoando um pouco do resto do elenco) interesse romântico de Débora.

Cotação: regular

Chico Izidro

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