quinta-feira, novembro 27, 2014

"Boa Sorte"

"Boa Sorte", dirigido por Carolina Jabor, passa-se numa clínica de recuperação de drogados, mas trata-se de amor. Afinal, o que é a vida sem amor? A história gira em torno do jovem de 17 anos João (João Pedro Zappa), internado pelos pais devido ao seu jeito largado, irresponsável e uso de drogas tarja preta. Na clínica, ele conhece uma garota de seus 30 anos, Judite. Ela é esperta, bonita e parece cheia de vida, mas é portadora do vírus HIV. Judite é interpretada por Deborah Secco, que emagreceu mais de 15 quilos para o papel.

João e Judite logo tornam-se amigos, e a amizade transforma-se em amor, algo que talvez a garota não quisesse, pois sabe que seu tempo na terra é curto - de tanto se drogar, os coquetéis anti-vírus já não fazem efeito em seu organismo. João não está nem aí, e de tão apaixonado, até sonha em casar e ter filhos com Judite. Numa cena forte, ele tenta transar com Judite sem camisinha. "Você está louco, garoto? Quer morrer?", berra ela, afastando-o. "Eu não me importo", responde ele, carente, e que acha ter o poder da invisibilidade. Afinal, em casa, seus pais pareciam não notar sua presença. A cena em que os dois acham estar invisíveis e fogem da clínica é divertidíssima.

Deborah Secco tem grande interpretação, até mesmo superior ao de Bruna Surfistinha. Outro destaque é Fernanda Montenegro, como a avó de Judite, e usuária de maconha. O jovem João Pedro Zappa vai bem, até uma das cenas finais, quando mostra-se incapaz de demonstrar emoção, estragando a sequência.

Cotação: bom
Chico Izidro

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