quinta-feira, novembro 27, 2014

"Irmã Dulce"

A cinebiografia da freira chamada Anjo Bom da Bahia, "Irmã Dulce", dirigido por Vicente Amorim, passou do ponto. Apesar da boa reconstituição de época, da caracterização das favelas de Salvador, o filme é um dramalhão. A história começa nos anos 1920, quando ainda garotinha, batizada Maria Rita, foi levada para a mãe a uma favela, para alimentar os pobres. Ali a menina teve o primeiro choque de realidade ao ver as pessoas se atirarem, famintas, para pegar um naco de pão.

O filme dá um pulo no tempo, passando a mostrar sua entrada no convento, ganhando o nome de Dulce. Que era impulsiva e não respeitava as normas do convento, pois achava mais importante ajudar os necessitados, que ia encontrando aos montes pela rua de Salvador. Com a saúde frágil e um sério problema pulmonar, os médicos lhe deram pouco tempo de vida. Mas contra todos os prognósticos, Irmã Dulce viveu muito e brigou contra o sistema vigente. No filme, é utilizado o personagem fictício de João (Amaurih Oliveira) para mostrar sua batalha contra as injustiças sociais.

Irmã Dulce foi interpretada na primeira fase por Bianca Comparato, e já na fase madura por Regina Braga, que ficou a cara da cinebiografada. Mas os ajudantes não ajudam no desenvolvimento da história, mostrando-se caricatos, como por exemplo a madre superiora do convento, Madre Fausta (Malu Valle), e Dulcinha (Zezé Polessa). Açucar demais. Nem mesmo as imagens reais mostradas no final do filme ajudam.

Cotação: ruim
Chico Izidro

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