quinta-feira, novembro 06, 2014

"O Último Ato"

Al Pacino está excelente em "O Último Ato", dirigido por Barry Levinson. Ele é Simon Axler, ator shakesperiano, que ao chegar aos 65 anos, entra em crise e acredita ter perdido a capacidade de atuar. Após tentativa frustrada de suicídio, ele vai para uma clínica de repouso, onde encontra um dos melhores personagens do filme: uma mulher que deseja encontrar alguém para matar o marido, que abusou da filha deles, e Simon é visto como a solução, pois afinal interpretou um assassino em um filme. "Mas aquilo era interpretação", avisa ele para a doida. "Aquilo foi tão real", insiste ela.

Ao voltar para casa, Simon é procurado por Pegeen (Greta Gerwig), filha de um casal de amigos que ele não vê desde quando ela era pequena. E a garota, agora uma trintona e envolvida num relacionamento lésbico, confessa ter sido apaixonada por ele na adolescência. Os dois então acabam engatando um relacionamento. O romance entre eles é tenso, cercado de desentendimentos e discussões, mas vai mudar o jeito de Simon ver e mudar a vida caótica que levava.

Al Pacino brinca bem com a questão da idade, e o ator na vida real já está com 75 anos. É hilária a cena em que Simon vai a uma clínica para fazer um teste de fertilidade, pois pretende engravidar Pegeen. Ou a aparição louca da mãe de Pegeen, Diane Wiest, descontente com o namoro dos dois. A máxima é "a idade pesa, e como".

Cotação: bom
Chico Izidro

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