quinta-feira, fevereiro 11, 2016

“Brooklin” (Brooklyn)



Apesar de retratar uma história romântica, “Brooklin” (Brooklyn), direção de John Crowley, não é um filme piegas. Mostra o melhor e o pior de dois mundos, sob a visão da jovem irlandesa Ellis Lacey (Saoirse Ronan) nos anos 1950. Ela mora com a mãe e a irmã na aldeia irlandesa de Enniscorthy e trabalha num mercadinho dirigido por uma megera.

Sem muitas perspectivas de futuro, as coisas começam a mudar quando ela recebe uma oferta de trabalho nos Estados Unidos. Ellis decide largar a vida modorrenta e se muda para Nova Iorque, mais exatamente no bairro do Brooklyn, onde vai morar numa pensão para mulheres. O emprego é numa loja de departamentos e ela também aproveita para fazer a faculdade de contabilidade.

Sozinha, meio triste, Ellis acaba se encantando durante um baile pelo descendente de italianos Tony (Emery Cohen). Os dois se apaixonam e acabam casando, até que um incidente faz com que ela tenha de retornar para a Irlanda por algumas semanas. E aí as coisas se estremecerão, com o seu coração acabando por ficar dividido entre permanecer em Enniscorthy ou retornar para o marido em Nova Iorque.

“Brooklyn” brilha muito, principalmente ao trabalho de seus atores e a uma perfeita reconstituição de época. O filme se passa em 1952, e estão ali os vestidos, os cabelos, os carros, os pensamentos – hoje vistos como retrógrados e que até assustam – de alguns de seus personagens. Saoirse Ronan, revelada em “Desejo e Reparação”, de 2007, agora aos 21 anos, dá a sua Ellis uma atuação interessante, por ora melancólica, por ora cheia de vivacidade.

Cotação: bom
Chico Izidro

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