quinta-feira, fevereiro 17, 2011

O discurso do rei



O cuidado com os fatos históricos foram mínimos, para não escrever nenhum em O discurso do rei (The King's Speech), direção de Tom Hooper e que parece ter sido feito exclusivamente para ganhar um Oscar.
O rei George VI, que teve de assumir o trono britânico após a renúncia de seu irmão Edward VIII, pois este pretendia se casar com a feiosa americana Wallis Simpson. E isso era inaceitável pelas leis da Igreja Anglicana. O problema é que George era gago e assim não poderia dar a confiança necessária aos britânicos às vésperas de uma nova guerra mundial. E numa época em que o rádio como meio de comunicação começava a dominar o planeta. Então ele tinha de aprender a falar corretamente e com segurança.
George VI tem como intérprete o bom ator inglês Colin Firth - o incrível é que às vezes ele esquece de gaguejar...
Quem dá um show como o ator desempregado e que vira o fonoaudiólogo do rei é Geoffrey Rush (quem ainda não assistiu Shine - Brilhante e Os contos proibidos do Marquês de Sade, por favor, alugue estes filmes!). Firth e Rush protagonizam dois duelos memoráveis, um deles poucos dias antes da coroação;
O discurso do rei, que tem ainda no papel da rainha Helena Bonham Carter, peca no entanto em não aprofundar muito a questão do nazismo, que tinha a simpatia do rei Edward VIII (Guy Pearce, de Los Angeles cidade proibida e Priscila, a rainha do deserto). Uma cena marca bem o descuido histórico. A família real assiste a um filme sobre uma manifestação nazista e então a pequena princesa Elizabeth pergunta ao pai George: "o que ele (Hitler) está dizendo?".
E ouve como resposta: "Eu também gostaria muito de saber".
E é notório que a família real conhecia muito bem o idioma alemão, já que é originária da Alemanha.
cotação: regular
Chico Izidro

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“QUEER”

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