sábado, fevereiro 12, 2011
Biutiful
Alejandro González Iñarritu deixou a parceria com o roteirista Guillermo Arriaga, e por tabela nada da fórmula vista em Babel, 21 Gramas e Amores Brutos. Bem que ela já estava mais do que batida. Em Biutiful, a história é contada de forma convencional, e trazendo uma bela atuação de Javier Bardem (bem que ele ainda vai levar anos para superar o que fez Antes do Anoitecer, em que interpreta o poeta homossexual cubano Reinaldo Arenas).
Em Biutiful, o nome é explicado quando o personagem principal tenta mostrar para sua filha como se pronuncia bonito em inglês, vemos uma outra Barcelona. Uma sem glamour, em que os asiáticos vivem em condições de semi-escravidão, e onde os africanos sobrevivem vendendo bijouterias pelas ruas e fugindo sempre da severa polícia.
Uxbal vive neste submundo catalão, vivendo das migalhas que consegue recrutando trabalhadores asiáticos para fábricas clandestinas e "ajudando" os africanos a se esconder em cortiços imundos e assim escapar da imigração. Não bastasse isso e seguindo a nova ordem do cinema mundial, Uxbal (Bardem) tem o poder de se comunicar com os mortos. Se sua vida é estranha, fica pior, quando descobre ter câncer de próstata e apenas dois meses de vida. Sua batalha passa a ser pensar no futuros dos filhos - uma adolescente e um menorzinho, já que a ex-esposa é uma doida de pedra e sem um mínimo de responsabilidade.
Biutiful acaba se dividindo em dois. Em sua primeira parte é um filme dinâmico, mostrando uma Barcelona diferente daquela que conhecemos. Na segunda Biutiful cai brutalmente, tornando-se um filme repetitivo, cansativo e nenhum pouco aprazível aos depressivos.
cotação: regular
Chico Izidro
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