terça-feira, fevereiro 22, 2011
O Besouro Verde
Para começar, a tradução é completamente equivocada. O correto seria A Vespa Verde. Mas deixa estar. O seriado que começou no rádio nos anos 1930 e migrou para a televisão na década de 1960, nunca esteve entre os meus favoritos. Achava algo muito sério, pelo menos é assim que recordo dele. Preferia coisas mais iconoclastas como Batman, com Adam West, ou ficções do tipo Hulk, Cyborg e até mesmo o policial Starsky e Hutch. Todos eles foram transpostos para o cinema, com os resultados os mais variados.
Agora chegou a vez de O Besouro Verde (The Green Hornet), dirigido pelo francês Michel Gondry e com o debochado Seth Rogen como Britt Reid, um jovem irresponsável, que com a morte do pai, herda o maior jornal de Los Angeles e decide combater o crime. Ele é ajudado pelo ex-mordomo do pai, o chinês Kato (Jay Chou e que na sua versão televisiva tinha como intérprete a lenda Bruce Lee).
Kato é um mestre em criar as mais diferentes armas, faz um capuccino de primeira e ainda é mestre nas artes marciais. Só que não tem seu trabalho reconhecido pelo egôcentrico parceiro.
Seth Rogen, mais conhecido pelos papéis de beberrão e maconheiro em filmes como Ligeiramente grávidos e Pagando bem, que mal tem, perdeu alguns quilinhos para fazer Britt. E seu personagem é chato, falando sem parar, tanto que torcemos quando ele leva uma surra homérica de Kato.
O Besouro Verde traz diálogos afiados, um vilão engraçado (Christoph Waltz, que repete mais ou menos seu personagem de Bastardos Inglórios), porém acaba se perdendo no tradicional clichê cinematográsfico herói começa a agir sem explicação lógica, incomoda o chefão do crime e n o final, o confronto óbvio em que ocorre um pega entre carros e se destrói meia cidade. E nós sabendo o que vai acontecer.
cotação: regular
Chico Izidro
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