sábado, fevereiro 05, 2011
O primeiro que disse
O humor italiano mostra-se só um pouquinho afiado no gay O primeiro que disse, de Ferzan Ospetek. Infelizmente passa longe de comédias espetaculares cujo tema tem a família como centro como Parente é serpente e Feios, sujos e malvados, só para citar dois. E mostra aquela típica família italiana, como pai bronco, a mãe compreensiva, a irmã amiga, a tia solteirona (tudo bem, um amontoado de clichês).
O filho mais novo, Tommaso (Ricardo Scamarcio), que mora em Roma, é gay e sonha em se tornar escritor e mentindo para a família que estuda economia, tem de voltar para a casa, em Lecce. O futuro não lhe parece promissor, pois terá de trabalhar ao lado do irmão mais velho na empresa de massas do pai, que irá se aposentar. E Tommaso não quer isso. Sua ideia é simples. Confessar para os parentes sua condição homossexual, o que lhe renderá uma expulsão de casa. Mas antes ele conta para o irmão, que lhe rouba o plano, pois também é um gay enrustido.
Tommaso acaba então tendo de abraçar o trabalho que tanto rejeita, enquanto tem de esconder do pai que é gay. Mesmo quando recebe a visita do namorado e dos amigos vindos de Roma. A sequência que mostra os rapazes tentando disfarçar os trejeitos é hilária.
O problema de O primeiro que disse é que todos os personagens são bonzinhos demais, com exceção do pai (interpretado por Ennio Fanyastichini). Suas cenas mostrando a paranoia de a comunidade vir a saber que seu primogênito é gay se destacam.
cotação: regular
Chico Izidro
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário