quinta-feira, outubro 04, 2012

"Que a Sorte Nos Separe"


"Que a Sorte Nos Separe", de Roberto Santucci, é mais uma dessas comédias sem graça nenhuma que vêm sendo produzidas a rodo no Brasil nos últimos anos. O chamariz são atores globais, no caso desta bomba o gordinho Leandro Hassum, uma plastificada Daniele Winitz e Aílton Graça fazendo trejeitos estereotipados de um hétero tentando se passar por gay.

Na trama, o casal Tino e Jane tornam-se milionários, ao ganhar 100 milhões de reais na loteria, jurando nunca deixar de ser eles mesmos. Porém, 15 anos depois, o ex-atleta e a ninfeta mudaram completamente. Completamente idiotizados, com dois filhos adolescentes, vivem esbanjando. E em determinado momento, Tino descobre estar falido. Para contornar a situação e não deixar Jane estressada, afinal ela está grávida, o gorducho aceita a ajuda do vizinho e também gerente de seu banco a tentar sair do buraco.

O vizinho é um cara certinho, até demais, que não arrisca nada na vida, Amauri (Kiko Mascarenhas, em sua segunda comédia fracassada em sequência, a outra foi "Totalmente Inocentes"). "Que a Sorte Nos Separe" tenta fazer uma comparação entre uma vida sem normas, com outra totalmente regrada, e mostrar que nenhuma delas é a correta, devendo haver um meio-termo.

O filme ainda não mostra vergonha nenhuma em copiar Almodóvar no uso excessivo de cores berrantes. Mas no final, "Que a Sorte Nos Separe" não passa de um Zorra Total ampliado. Principalmente pelas caretas exageradas de Hassum, e Ailton Graça se passando por gay.

O pior é que certo público aprova este tipo de filme, que infelizmente consegue verba federal para chegar aos cinemas.

Cotação: ruim
Chico Izidro

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