sexta-feira, novembro 09, 2012

"Se Vivêssemos Todos Juntos"


"Se Vivêssemos Todos Juntos", direção de Stéphane Robelin, tem todos os ingredientes para tornar-se um daqueles hits quem ficam um bom tempo em cartaz em Porto Alegre. Atores veteranos e carismáticos e um excelente roteiro, retratando a vida na terceira idade. A obra resgata a musa sessentista Jane Fonda, ainda linda, e Geraldine Chaplin, filha dele mesmo, Charlie Chaplin.

Cinco amigos - dois casais, um formado por Jeanne (Jane Fonda) e Albert (Pierre Richard), e o outro por (Annie) Geraldine Chaplin e Jean (Guy Bedos), e o solteirão galinha Claude (Claude Rich), reúnem-se sempre para brindar a vida, agora septuagenária. Num jantar, o socialista Jean sugere que todos passem a morar sob o mesmo teto, o que é rapidamente refutado. Até o dia em que Claude sofre um infarto, e é colocado num asilo pelo filho. Ao visitá-lo e ver a decadência do local, Jean decide: "Chega, vamos todos morar juntos!". Claro que as coisas não são tão simples assim. Como é sabido, quanto mais envelhecemos, mais manias ficamos. Sem contar os problemas de saúde os segredos de décadas que começam a vir à tona. Albert sofre de Alzheimer, Jeanne tem câncer e se nega a operar, Jean é teimoso e Claude sofre com a impotência, ele que sempre foi um garanhão. Já Annie é a mais comedida do grupo, porém é materialista e ciumenta, contrastando com os ideais de seu marido.

Opondo-se a experiência e as manias do quinteto, surge o alemão Dirk (Daniel Brühl, de Adeus, Lênin e Bastardos Inglórios). O jovem namora uma francesinha ciumenta e possessiva, e começa a conviver com os velhos, para concluir sua tese de mestrado. Suas conversas com Jane Fonda sobre o amor, relacionamentos e até sexo na terceira idade são saborosos. Mesmo com um final previsível, o roteiro é bem trabalhado e encerra com classe.

Cotação: ótimo
Chico Izidro

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