quinta-feira, outubro 30, 2014

"Até que a Sbornia nos Separe"


"Até que a Sbornia nos Separe", animação dirigida por Otto Guerra e Ennio Torresan Jr. antecipa, de certa forma, a peça "Tangos e Tragédias", onde os músicos Klaunus, dublado por Hique Gomez e Pletskaya (Nico Nicolaiewsky) vagam pelo mundo em busca de sua terra, a Sbornia, uma ilha que vaga perdida pelos oceanos. É também uma luta contra a modernidade e o apoio ao tradicionalismo. Com visual que remonta aos desenhos do começo do século passado, o filme conta como a Sbornia entrou em contato com o mundoi, após um muro cair e revelar aos seus habitantes o continente, moderno e com pessoas inescrupulosas. Muitos dos moradores da Sbornia ficam deslumbrados com o estilo de vida das pessoas do continente e querem o mesmo para si. Já outros não concordam com a invasão estrangeira e sonham com a volta do muro.

Nisso tudo, o músico Kraunus, irresponsável e mudo, é um zero como pai e marido. Já seu parceiro, Pletskaya, acaba apaixonando-se pela jovem Cocliquot, dublada por Fernanda Takai, filha de um empresário ganancioso, com a voz de André Abujamra, que explora o bezuwin, uma bebida típica da Sbornia, e de uma mulher interesseira, que tem a voz de Arlete Salles, que pretende que ela case com um milionário octagenário.

Quem viu a peça vai se identificar com os dois músicos e o humor mordaz. As piadas estão na medida certa. E claro que o maniqueísmo impera, com vilões bem caricatos e inescrupulosos, e os mocinhos ingênuos, puros e honestos.

Cotação: bom
Chico Izidro

Nenhum comentário:

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...