Um dos últimos filmes de Philip Seymour Hoffman, "O Homem Mais Procurado", dirigido por Anton Corbijn, baseado em romance de John Le Carré, fala da paranoia terrorista que assola o mundo nos dias de hoje. A história se passa na alemã Hamburgo, onde Mohamed Ata teria planejado os atentados de 11 de Setembro de 2001.
Philip Seymour Hoffman é Günther Bachmann, chefe de uma agência alemã de espionagem, que tem a missão de vigiar os suspeitos de terrorismo na comunidade islâmica da cidade. E a sua equipe é posta a prova quando chega à cidade o jovem checheno Issa Karpov (o ator russo Grigoriy Dobrygin). Muçulmano convicto, ele foi torturado na Rússia, e se esconde na comunidade muçulmana e procura a ajuda de uma advogada de esquerda Annabel Richter (Rachel McAdams). Seu objetivo é resgatar uma fortuna deixada por seu pai, um ex-militar russo. Mas Issa usaria o dinheiro para quê? Para proveito próprio ou para atividades terroristas?
Além dos alemães, os americanos também estão na sua cola, em um jogo de gato e rato empolgante e intrigante. "O Homem Mais Procurado" só perde força em sua parte final, que parece ficar em aberto.
Philip Seymour Hoffman, como sempre, está muito bem em seu papel. Um personagem beirando a neurose, desleixado, fumante inveterado, cuja vida pessoal é quase zero. Günther praticamente vive a vida dos outros, mas tenta ser humano. Rachel McAdams, bela, não deixa cair a peteca. Mas destaque mesmo é Grigoriy Dobrygin, que a cada olhar, cada gesto, transmite a angústia de um indivíduo perdido no mundo.
Cotação: bom
Chico Izidro
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