quarta-feira, outubro 28, 2015

“Grace de Mônaco” (Grace of Monaco)






Grace Kelly foi uma das atrizes mais lindas da história do cinema. Musa de Alfred Hitchcock, ao filmar “Ladrão de Casaca” no Principado de Mônaco, em 1955, conheceu o príncipe Rainier. Acabou casando com ele e largando a carreira cinematográfica e virando princesa, num casamento dos sonhos, em 1956. Pois no começo da década de 1960, ela foi procurada pelo diretor inglês, que a desejava como atriz principal em “Marnie – Confissões de Uma Ladra”, que como sabemos acabou com Tippi Hedren. Só que naquele momento, o mundo de Grace era outro, mas a vida real era vista como enfadonha por ela, que ficou balançada pelo convite de Hitchcock.

Em “Grace de Mônaco” (Grace of Monaco), direção de Olivier Dahan, de “Piaf – Um Hino Ao Amor”, não temos aquelas tradicionais cinebiografias mostrando a vida de uma personalidade desde a sua infância até a morte. Aqui foi seguido aquilo que vem ocorrendo com frequência, ou seja, pega-se um determinado período na vida de alguém, que fosse relevante, e romantizar um pouco. E Grace viu aquela época ser perturbadora. Ela pensou seriamente em aceitar voltar a filmar, mas seu marido, o distante Rainier era contrário ao desejo dela. Afinal, ela tinha coisas mais importantes para cuidar, como os filhos e os bailes, que considerava tediosos. E não bastasse isso, o Principado sofria uma grande pressão do governo francês de Charles de Gaulle. O presidente gaulês estava descontente com Mônaco, que não pagava impostos e ainda aceitava empresas francesas em seu minúsculo território, que ficavam isentas de taxas. De Gaulle ameaçou: ou Mônaco parava com isso ou seria anexado à França.

E Grace não ajudava em nada, sendo ainda vista com reservas pelos monegascos. Afinal, ela era filha de um comerciante americano e não possuía sangue azul. A pergunta que se fazia era quanto tempo ela aguentaria a vida que levava.

O diretor faz um filme bonito visualmente, utilizando atores muito semelhantes aos personagens reais que interpretam. E o esmero plástico e muito cuidadoso. Nicole Kidman por vezes lembra realmente Grace Kelly. O príncipe Rainier é interpretado por Tim Roth. O problema é que em “Grace de Mônaco” existe uma grande dose de novela, partindo de sua trilha sonora melosa, closes diversos no rosto de Nicole, brigas do casal real e tramas palacianas maquiavélicas, tudo isso já visto dezenas de vezes em outras produções.

Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=klxza69ZqHg&spfreload=10

Duração: 1h43min

Cotação: regular
Chico Izidro

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