quarta-feira, outubro 21, 2015

“Ponte dos Espiões” (Bridge of Spies)



A parceria entre Steven Spielberg e Tom Hanks, que já havia gerado o clássico moderno “O Resgate do Soldado Ryan”, agora ganha uma nova obra-prima, que é “Ponte dos Espiões” (Bridge of Spies), passado no período da Guerra Fria, mais exatamente tão logo surgiu o Muro de Berlim, no começo dos anos 1960. No início da trama é mostrada a paranoia da época, quando o filho do personagem principal se preocupa com um possível ataque por bomba atômica em terras americanas.

E o filme já começa com fôlego, com a espetacular prisão do espião soviético Rudolf Abel (primorosa atuação de Mark Rylance) pelo serviço secreto americano. Logo o advogado especializado em seguros James Donovan (Tom Hanks) é chamado para defender o sujeito, que pode ser condenado à morte. Visto com desprezo por outros americanos por tentar salvar Abel da cadeira elétrica, logo o advogado se verá envolvido em uma empolgante trama internacional. Pois no mesmo período, os soviéticos haviam feito prisioneiro um piloto americano, Francis Gary Powell (Austin Stowell), que sobrevoava território russo em um avião espião, até ser derrubado e condenado à cadeia em terras comunistas.

Donovan, por seu estilo conciliador e calmo, é convocado pelo governo americano. Sua missão: ir até Berlim e tentar fazer a troca dos dois presos. Mas no meio do caminho surge outro problema, pois um estudante americano acaba preso em Berlim Oriental, acusado de espionagem. Então o advogado quer uma troca 2 por 1.

Spielberg dirige com firmeza a história, fazendo uma reconstituição de época perfeita. Claro que seu estilo não deixa de lado alguns momentos familiares piegas, mas isso é o de menos. Os personagens são bens construídos, principalmente o espião Rudolf Abel, misterioso até o último fio de cabelo. E Tom Hanks conduz com perfeição seu James Donovan, que não pretende se envolver com problemas políticos, mas se vê envolto numa intrincada trama, não desistindo dela, mesmo depois de ter sido escorraçado pelos seus conterrâneos por ousar defender um comunista.

Duração: 2h12min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

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