domingo, outubro 22, 2006
Canibal Holocausto
Canibal Holocausto
Finalmente consegui realizar um dos sonhos de criança, sim, assisti Canibal Holocausto (Holocaust Cannibal), de Ruggero Deodato, um dos clássicos do cinema de terror do começo dos anos 1980. Na época de seu lançamento, fui proibido por meu pai de ver o filme. Ele o viu umas três vezes. Era um cinéfilo. Curtia tudo. Amava os faroestes com John Wayne, os policiais com Clint Eastwood, os de guerra, qualquer um, e os de terror. Mas filme de amor não era com ele. Ah, e era fanático pelos filmes de Drácula, com Christopher Lee, da produtora inglesa Hammer. E era um leitor voraz e polioglota: falava fluentemente seis línguas sem nunca ter tirado os pés do Rio Grande do Sul em cinco décadas de vida.
Mas o que tudo isso tem com Canibal Holocausto? Bem, talvez venha do gosto de meu pai a minha paixão por literatura, cinema, escrever, desenhar...E o desejo maluco de ver essa pérola do cinema trash.
Porém Canibal Holocausto não é tão trash como eu imaginei todos estes anos. Esperava um Fred Krüeger, um Jason, facões, degolamentos. Mas não. Canibal Holocausto é o pai de A Bruxa de Blair - alguém dos meus 22 leitores se tocou disso?
Um grupo de quatro amigos documentaristas vai até a Floresta Amazônica, onde sabe ter três aldeias índigenas que ainda vivem na Idade da Pedra. E são canibais.
Um ano depois do desaparecimento do grupo, um professor de antropologia vai em busca dos documentaristas e encontra os filmes e os restos mortais da trupe, além de entrar em contato com os canibais. Sai ileso, mas volta à Nova York abalado e leva os filmes a uma emissora de tevê, que pretende levar o documentário ao ar. Até verificarem o horror das fitas, com canibalismo, assassinatos de animais, estripações, amputações. E também o porque de os jovens terem sido mortos.
Assim como o homem branco chegou da Europa na América nos idos de 1500, eles ofenderam a cultura local, agindo como vândalos. Resultado: acabaram sendo mortos e devorados.
O filme tem cenas chocantes, como tripas expostas, estrupos e claro, desculpe a redundância, canibalismo. Mas nada é gratuito.
O único problema que acheri no filme foi o semi-amadorismo dos atores. Fracos, alguns quase caricaturais.
E um ponto a favor: na época de seu lançamento surgiu a informação de que os jovens documentaristas haviam sido mesmo devorados. Os atores tiveram de ir à público mostrar a cara e dizer: "é apenas um filme de ficção". Alguma semelhança com A Bruxa de Blair, que sorveu a idéia ponto à ponto e fez muito mais sucesso. Veja o original e se apavore de verdade.
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