Sunday, October 29, 2006

O albergue, por Carol Witczak


Paxton (Jay Hernandez) e Josh (Derek Richardson) são dois jovens americanos buscando fortes emoções em viagens sem-rumo pelo mundo afora. O objetivo, além de encontrar experiências totalmente extasiantes, era fazer Paxton esquecer sua ex-namorada. O que posso fazer senão criticar essa produção, que tem apresentação de nada mais nada menos do que Quentin Tarantino? O público estava esperando mais, muito mais. O filme tem um tempo enorme de "introdução", mas essa parte da filmagem não introduz enredo algum, é apenas uma enrolação: não pode-se dizer que há diálogos interessantes; a história não consegue provocar identificação nenhuma do expectador.
Cinéfilos de carteirinha e estudiosos de cinema fizeram essas mesmas declarações expostas acima! Ainda nesse início desestimulante da narrativa, Oli ( Eythor Godjohnsson), aparece e vira um (um tanto quanto desconexo) novo amigo que acaba juntando-se à essa aventura. À procura de mulheres bonitas e fáceis, os três acabam indo parar em um albergue da Eslováquia. Lá, os telespectadores, já quase pegando no sono, assistem ao sumiço de Paxton. Uma tomada já mostra sua cabeça em cima de uma cadeira e uma mensagem com essa parte do seu corpo e a mensagem "estou indo embora". Daí para frente são serras elétricas, furadeiras, dedos estirpados, vômitos... Pavor e nojo. Difícil de se assistir.
A crítica sentenciou como "violência gratuita", e o que poderia valer a pena na trama, que seria o mistério, não ocorre. É claro que há a temática de horrores existentes, como o tráfico de órgãos e o tráfico sexual embora, mesmo assim, falte profundidade na essência e no conteúdo dessa história. Para finalizar, algo de positivo e que chamou muito à atenção dos expectadores mais atentos foram os cenários, obscuros, antigos e variados, totalmente adequados a atmosfera bizarra das cenas de horror. Direção de Eli Roth.

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