Sunday, October 01, 2006

Carol Witczak mete o pau em Miami Vice


Bom, já que este blog não é só para acordos, desta vez haverá aqui duas críticas para o mesmo filme. Talvez isso também represente uma divisão de opiniões entre o público que vai assistir ou já assistiu o filme, não é mesmo? Miami Vice é um blockbuster diferente.Além de partir de um seriado oitentista ovacionado por muitos, teve os rumos que o próprio diretor da série original, Michael Mann, desejou dar. Mas não é diferente por isso, e sim porque tem áurea própria e autenticidade.
A reclamação de muitos críticos é de que ele não foi fiel a pontos marcantes, como o ar ensolarado de Miami que dominava as filmagens na versão seriada, dentre figurinos e até mesmo os atores principais (Don Johnson e Philip Michael Thomas), que são acusados de serem muito mais sérios e violentos.
Bem, mesmo assim acho que a trama se enrola demais e esfria em alguns momentos para dar lugar a enrolações desnecessárias, embora fique nítido que haverá uma solução conveniente. Para uma expectadora que, como eu, não assistiu ao seriado original, posso dizer que considerei o filme um tanto quanto "sem sal", mesmo com o mundo caindo, as cargas de contrabando sendo transportadas, uma certa calma, algumas vezes, fica no ar...Falta uma inquietude total, um stress a flor da pele.
James "Sonny" Crockett (Colin Farrell) não demonstrou o menor desespero por sua mulher estar quase morrendo por sua "culpa" (de sua profissão). Bem, já meu "editor", ao contrário, adorou os novos traços da história no filme. Uma fotografia mais obscura, com tomadas feitas à noite, o figurino também muito mais "street" e em cores escuras... Bom, de alguma forma, Miami Vice teve considerável fracasso nas bilheterias norte-americanas (mercado que realmente importa em Hollywood): tendo custado 135 milhões de dólares, o filme rendeu somente 25 milhões de dólares no primeiro fim de semana em cartaz nos EUA. Abaixo do esperado.

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