domingo, outubro 01, 2006

O Diabo Veste Prada (The Devil wears Prada)


Existem certos filmes em que a gente fica pensando: por que saí de casa? Porque esse filme deveria ser visto, pois está todo mundo comentando, está todo mundo gostando. E tem Meryl Streep, sempre tão bem, ótima, desde que vi o primeiro filme com esta atriz, Kramer vs. Kramer e o inesquecível e genial A Escolha de Sofia. Claro que ela teve escorregões, como O Rio Selvagem ou Ela é o Diabo, mas ninguém é perfeito. Mas sua carreira é quase 100%. E é ela e a quase novata Anne Hathaway (O Segredo de Brokeback Mountain e que participava do finado e bom seriado Caia na Real, da Fox, entre 1999 e 2000) que salvam O Diabo Veste Prada do fracasso total. Nem o veterano Stanley Tucci convence com seu personagem afetado. Tá, podem malhar. Mas este filme, tirado do romance autobiográfico de mesmo nome de Lauren Weisberger (que foi assistente da diretora da Vogue norte-americana Anna Wintour), é um saco. Entupido de clichês, mostra a trajetória da recém formada em jornalismo Andrea Sachs como assistente da megera Miranda Pr iestley (Streep) na revista Runway - que numa tradução literal significa Passarela ou até mesmo Fugitiva.
O sonho de Andrea é trabalhar num jornal ou revista séria, mas enquanto não encontra esta vaguinha, ela encara o emprego de quase escrava de Miranda, que insiste em chamá-la de Emily, assim como o faz com todas as suas assistentes. Andrea se veste mal, e isso no mundo do jornalismo o que importa? O brabo é aguentar a piadinha fraca quando o telefone toca e do outro lado da linha a voz diz: aqui é da Dolce Gabana...e a jornalista não saber de quem se trata. Alô, só se ela vivesse no mundo da lua. Poderia não se interessar por moda, mas nunca ter ouvido falar??? Tenham dó.
E segue a onda de "isso já foi explorado" por trocentos filmes. A personagem principal começa a se envolver mais com o trabalho, tem a vida pessoal detonada, perde o namorado, os amigos não a reconhecem mais...blá, blá, blá...
A única sacada legal no filme talvez seja na cena em que Streep mo stra o lado fraco de seu personagem. Sem maquiagem, abatida, Miranda sofre ao saber que o marido pediu o divórcio. Que sua vulnerabilidade fora derrubada. Só que isso é muito pouco para um filme de quase duas horas...
Ah, Giselle Bündchen faz uma pontinha como uma das assistentes de Priestley. E daí????

Um comentário:

Unknown disse...

ó, Chico! Acabei de descobrir o teu blog. Já virei leitora. Mas só dos posts sobre filmes que já vi (que sou daquele tipo antipático que não gosta de saber o que os outros acharam antes de mim ;-)

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...