terça-feira, setembro 28, 2010

Baarìa - A porta do vento



Há 21 anos o italiano Giuseppe Tornatore encantou o mundo com o sensível Cinema Paradiso. Agora o cineasta tentou realizar o seu Amarcord ou 1900. Porém derrapou em sua pretensão ao tentar Fellini ou Bernardo Bertolucci.
Em Baarìa - A porta do vento, Tornatore conta 40 e poucos anos da Itália, na visão dos moradores da pequena cidade na Sicília. O personagem principal é Peppino Torrenuova, na fase adulta interpretado por Francesco Scianna, um pastor de família paupérrima que consegue ascensão social ao entrar no Partido Comunista Italiano. A história segue seus passos desde a infância, o namoro e o casamento com a bela Sarina (Angela Molina) e o nascimento e a chegada à fase adulta dos filhos.
No período transcorrido em Baarìa, forma como os habitantes do vilarejo pronunciavam em seu dialeto Bagheria, vemos a ascensão e queda do fascismo até os liberais e perigosos anos 1970, com a cidade ja modernizada.
O problema é que em Baarìa, Tornatore não aprofunda a história e nem mesmo os personagens. As cenas parecem pequenos esquetes, que são cortados abruptamente. E o filme, apesar de suas duas horas e meia, fica por demais superficial.

Cotação: regular
Chico Izidro
Twitter: @chicoizidro

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