quinta-feira, fevereiro 16, 2017

“Redemoinho”




Por mais que se tente esquecer o passado, às vezes ele volta mais forte e incomodativo, não dando trégua. E é aí que segue a lógica de “Redemoinho”, direção de José Villamarin. A obra incomoda e faz refletir.
Na trama, dois amigos de infância voltam a se encontrar na véspera de Natal. Gildo (Julio Andrade) deixou a pequena Cataguases, no interior de Minas Gerais há muitos anos, enquanto seu amigo Luzimar (Irandhir Santos) permaneceu na cidade, trabalhando numa tecelagem. Então Gildo retorna para visitar a mãe, interpretada por Cássia Kiss. E encontrar Luzimar. Os dois começam bebendo algumas cervejas, e vão contando um ao outro o que fizeram nestes anos em que não se viram, com cada um seguindo caminhos diferentes.

Mas ao longo do encontro e movido pelo álcool, Gildo vai ficando mais solto e cruel – ele não consegue entender porque Luzimar ficou em Cataguases, quase que estagnando. E de repente surgem lembranças de um incidente que os marcou na infância e que agora surge para mostrar que a amizade deles não era tão sólida.

Julio Andrade está ótimo no papel do ferino Gildo. Já Irandhir Santos é quase uma instituição do cinema nacional, estando presente em diversos filmes lançados nos últimos anos. E sempre muito bem em seus papéis. Cássia Kiss também se destaca como a mãe de Gildo, e Dira Paes num papel coadjuvante, rouba a cena sempre que aparece.

Duração: 1h40min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

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