Thursday, September 06, 2012

"Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo"

Steve Carell viveu durante sete anos o sem noção, misógino e racista Michael Scott no genial seriado "The Office". O sucesso o levou ao cinema, mas em seus filmes na telona, mostrou muitos cacoetes histriônicos, irritantes. Pois no drama romântico "Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo", de Lorene Scafaria, Carell acerta no tom e faz emocionar.

A trama é meio assustadora e tem a premissa dos filmes-catástrofes: um enorme asteroide vai se chocar com a Terra em três semanas. O planeta será destruído, acabando com a raça humana. Todas as tentativas de destruir o asteroide se mostraram infrutíferas. O que resta aos humanos? Curtir os últimos momentos fazendo tudo o que lhes der na telha. Orgias, bebedeiras, drogas. Até mesmo as crianças são estimuladas a tomar seus porres.

Porém Dodge (Carell) é um inconformado. Foi abandonado pela mulher, está sozinho e não quer morrer assim. Chega a ouvir de um amigo que não morrerá só: "Vamos todos morrer juntos, ao mesmo tempo", escuta. Isso, porém, não lhe conforta. E Dodge decide procurar uma namorada da época do colégio, e que ele acredita ser o amor de sua vida. Nesta jornada, ele conhece a romântica e desafortunada Penny (Keira Knightley), que deseja ver os pais pela última vez.

Os dois saem pelas estradas, encontrando pelo caminho todo o tipo de pessoas, como um cara que contratou alguém para matá-lo - participação hilária de William Petersen, o Greeson, de C.S.I., fuzileiros navais que montaram um abrigo subterrâneo, com viveres e armas, e cuja ideia é repovoar a Terra após o apocalipse, se sobreviverem. E Penny serviria como uma das fêmeas que geraria humanos fortes. Dodge, bem, ele não pertence aos eleitos, decide um dos soldados.

"Procura-se Um Amigo Para o Fim do Mundo" tem falhas, algumas gritantes. Como por exemplo Dodge nunca fazer a barba, mas ela estar sempre bem aparada. Ou os telefones mudos...só que em determinado momento, Penny liga de um aparelho e consegue falar com seus pais...detalhes.
A trilha sonora é primorosa, sendo de suprema importância para o filme. Dodge e Penny são amantes de música, e a garota não se desgruda de jeito nenhum de alguns vinis que marcaram momentos importantes de sua vida. O final é tocante, com os dois conversando, sabendo desesperançosamente que talvez não aja o amanhã.

Cotação: bom
Chico Izidro

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