quinta-feira, setembro 06, 2012

"Totalmente Inocentes"

Certos filmes nunca deveriam ir para as telas. É o caso do constrangedor "Totalmente Inocentes", de Rodrigo Bittencourt. O longa pretende ser uma comédia como aquelas que satirizam diversos tipos de filmes, como "Todo Mundo em Pânico", Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu" e "Top Secret". Aqui o deboche cairia sobre dois dos maiores sucessos do Brasil em todos os tempos, "Tropa de Elite" e "Cidade de Deus". Tanto que o barraco dos protagonistas ostenta um cartaz de "Cidade..." na porta, e dois dos atores-símbolos dos dois filmes, Leandro Firmino da Hora, o Zé Pequeno, e Fábio Lago, o Baiano.
 
"Totalmente Inocentes" conta a história de Da Fé (Lucas D'Jesus), apaixonado por Gidinha, irmã mais velha de seu melhor amigo, Bracinho. O menino de 15 anos é todo certinho, cria sozinho o irmão mais novo na fictícia favela DDC, no Rio de Janeiro. Porém, o garoto acredita que somente tornando-se um bandido, ganhará o amor de Gidinha, que ele acha ser apaixonada pelo bandido Do Morro (um histérico Fábio Porchat). Por isso, tenta de todos os modos, sempre estupidamente, praticar crimes, acabando por provocar a ira do chefão da favela, Do Morro, que está em guerra com o antigo dono do pedaço, o travesti Diaba Loira.

A tentativa de comédia fica somente no papel. As piadas não funcionam, as atuações são constrangedoras. O espectador fica esperando a tirada genial, um pingo de inteligência - aqueles que não se retiraram da sala, claro. Seriamente candidato ao título de pior filme do ano, superando ruindades do quilate de "Agamenon" e "Billi Pig".

Cotação: ruim
Chico Izidro

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