Wednesday, August 05, 2015

“Quarteto Fantástico”





As releituras de personagens ícones dos quadrinhos não me agradam. E foi exatamente o que aconteceu em “Quarteto Fantástico”, direção de Josh Trank, que teve uma nova origem de seus heróis. Os quatro personagens, lançados pela Marvel no começo dos anos 1960, agora sofreram várias alterações, não em seus poderes, mas na forma em que foram criados.

E para modernizar a história e fisgar um novo público, a trama se inicia em 2007, com um Reed Richards ainda criança e nerd, que ao lado do amigo Bem Grimm, tenta criar uma máquina que os transportará para outra dimensão. Claro que viram piada na escola. Anos depois, já no final da adolescência, eles são cooptados pelo cientista Franklin Storm, e ganham suporte para desenvolver o invento.

A eles se junta os irmãos Sue Storm (Kate Mara) e Johnny Storm (Michael B. Jordan), além de Victor van Doom (Tony Kebbell), que se transformará no vilão Dr. Destino; Nesta fase, Reed e Grimm já são interpretados por Miles Teller e Jamie Bell, respectivamente. Eles ganharão seus poderes ao viajarem para outra dimensão e sofrerem os efeitos radioativos. Reed vira o Sr. Fantástico ou o Homem-Elástico, Bem se transforma no Coisa, Johnny no Tocha-Humana e Sue na Mulher-Invisível. Eles tem de entrar em luta com o Dr. Destino, que está disposto a acabar com a vida na Terra.

Aliás, o confronto do Dr. Destino com o Quarteto Fantástico não poderia ser mais anti-climax possível. Ao final da contenda, fica a pergunta: “É isso? Acabou?

Sem contar que falta carisma aos personagens. Talvez pela pouca capacidade de interpretação de seus atores. Milles Teller, que arrasou em “Whiplash – Em Busca da Perfeição”, não parece nem um pouco a vontade no papel do líder dos super-heróis. Michael B. Jordan é um Tocha-Humana afrodescendente, e não consegue transmitir a sagacidade e o deboche de Johnny Storm. E o que dizer de Sue Storm, nesta versão a irmã adotiva de Johnny, e que na pele de Kate Mara, é a Mulher-Invisível? Vive de caras e bocas, entrando muda e saindo calada de cena. O que se salva é O Coisa, mas na sua forma de pedra, pois Jamie Bell parece um bobalhão a cada aparição. Por favor, façam nova tentativa.
Cotação: ruim
Chico Izidro

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