quinta-feira, agosto 25, 2016
"Café Society" (Cafe society)
Woody Allen é meu cineasta preferido, mas há muito tempo não sentia tanto prazer em ver uma obra dele. E "Café Society" ele acerta a mão, mesmo que por vezes parece a gente ter visto aqueles mesmos personagens e momentos se repetindo. Mas está lá o humor judaico e suas culpas, a família e os mais variados tipos.
A história transcorre nos anos 1930, quando o jovem Bobby (Jesse Eisenberg) decide deixar Nova Iorque para tentar a vida em Los Angeles, a meca do cinema, pedindo a ajdua do tio Phil (Steve Carell), um produtor que conhece a elite da sétima arte. Após conseguir um emprego na empresa de Phil, Bobby conhece a jovem Vonnie (Kristen Stewart), a secretária particular de seu tio. Só que ela mantém um relacionamento secreto - uma das grandes surpresas do filme.
A trama mostra ainda outros parentes de Bobby, como o irmão gângster Ben (Corey Stoll, da série The Strain), a mãe típica judia e protetora Rose (Jeannie Berlin), e a irmã e o cunhado de Bobby, que remetem direto ao excepcional "A Era do Rádio" - e "Café Society" parece ter sido estruturado como este clássico dos anos 1980 do diretor nova-iorquino. Até mesmo com o final onde se celebra o ano novo, onde os personagens mostram uma tremenda melancolia.
Woody Allen é um grande admirador do período retratado no filme, fazendo de "Café Society" uma grande homenagem aquele período. Vai da música, até a maravilhosa reconstituição de época. O diretor flerta com a comédia romântica, pincelando aqui e ali momentos engraçados. E com atuações convincentes, mesmo dos limitados Eisenberg e Kristen Stewart.
Duração: 1h36min
Cotação: ótimo
Chico Izidro
"Águas Rasas" (The Shallows)
Na década de 1970 Steven Spielberg lançou um dos maiores clássicos do suspense de todos os tempos, "Tubarão". No começo dos anos 2010, o cinema foi invadido por besteiróis como "Sharknado". Agora "Águas Rasas" (The Shallows), dirigido por Jaume Collet-Serra, volta a colocar medo nas plateias com um bichinho muito violento.
A história centra em Nancy (Blake Lively), uma estudante de medicina que passando por momentos difíceis na vida, após perder sua mãe, vítima de câncer, decide ir ao México. Lá ela vai surfar numa paradisíaca praia escondida na qual sua mãe ia quando estava grávida dela. Nancy iria com uma amiga, que na última hora desiste.
E Nancy chega na prainha para surfar, encontrando dois mexicanos no local, mas logo eles vão embora. E a garota decide ficar mais um pouco nas belas águas. Está escurecendo e Nancy vai deparar com o cadáver de uma baleia. Sem saber que o mamífero é vítima de um tubarão branco, que a ataca, deixando-a muito machucada e presa num recife, a cerca de 200 metros da praia. O problema é que o animal não vai embora e elege Nancy como sua próxima refeição. E pelas próximas horas, a surfista tentará escapar da cruel morte que lhe aguarda, num embate de vida ou morte com o tubarão.
"Águas Rasas" é um suspense muito eficaz, conseguindo ser sufocante, tirando o fôlego do espectador, destacando o bom trabalho da loira Blake Lively. O final é meio exagerado e improvável, mas estamos aqui falando de cinema, de diversão, de ficção. Então está tudo bem.
Duração: 1h 27min
Cotação: ótimo
Chico Izidro
“Nerve: Um Jogo Sem Regras” (Nerve)
Filme para quem curte tecnologia e jogos on-line. “Nerve: Um Jogo Sem Regras” (Nerve), dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost. A trama tem como protagonista a jovem e tímida Vee DeMarco (Emma Roberts), que após ser desafiada pela melhor amiga por levar uma vida comum e sem desafios, decide se inscrever no jogo Nerve - um jogo online onde os participantes precisam executar tarefas ordenadas pelos próprios participantes, e que é dividido entre observadores e jogadores, sendo que os primeiros decidem as tarefas a serem realizadas e os demais as executam (ou não).
A cada desafio cumprido, o jogador recebe uma quantia em dinheiro, que vai aumentando. Mas nada é tão simples assim, pois as provas vão se intensificando - no começo beijar um desconhecido por 5 minutos e entrar numa loja e provar um vestido.
Para seguir no jogo, Vee acaba se aliando a Ian (Dave Franco), um desconhecido jogador, que é colocado ao lado dela para seguir nas provas. E os dois vão encontrando cada vez mais dificuldades.
A ideia do filme não é nova e tem pelo menos dois outros longas recentes com a mesta temática - "13 Sins" e "Echelon Conspiracy". Mas é divertido ver como as pessoas cada vez estão mais sendo dirigidas pelos seus celulares e pela opinião de terceiros, colocando em evidência o que a dependência virtual pode causar a quem sofre dela.
Duração: 1h37min
Cotação: bom
Chico Izidro
quinta-feira, agosto 18, 2016
"Ben-Hur"
A produção de 1959 é uma das mais perfeitas já feitas na história do cinema. Então para que fazer uma refilmagem? Para que mexer no que deu certo? Coisas da indústria cinematográfica.
"Ben-Hur", dirigido por William Wyler e protagonizado por Charlton Heston, tem 212 minutos de duração, que passam voando. Tudo é perfeito, passando pelos cenários, figurinos, montagem e atuações, ganhando 11 Oscar. O filme de 1959 já era uma refilmagem, a terceira adaptação cinematográfica - as outras foram feitas em 1907 e em 1925. A história é baseada no romance Ben-Hur: Um Conto do Cristo, de 1880, de Lew Wallace.
Agora chega as telas uma nova versão, dirigida pelo pelo cazaque Timur Bekmambetov. A história é bem conhecida: o judeu rico da Judeia Judah Ben-Hur foi criado ao lado do romano Messala. Os dois são como irmãos, mas Messala quer mais da vida e parte para servir as legiões romanas - estamos no ano 26 DC. Ao voltar para a Judeia, que é controlada pelos romanos, ele pede a ajuda de Ben-Hur para controlar os rebeldes, mas não é atendido.
Após um acidente envolvendo o governador romano da região, Pôncio Pilatos, Judah Ben-Hur é falsamente acusado e enviado por Messala para as galés, onde ficará vários anos - e sem saber o que ocorreu com o restante da família, a mãe e a irmã. Anos depois Ben-Hur volta para a sua região e só pensa em vingança contra Messala - que vai culminar na famosa cena da corrida de bigas.
A nova versão tem apenas 2h02min. E não é um filme ruim, mas tudo é tão rápido, sem as sutilezas do clássico da década de 1950. E o protagonista Jack Huston (Ben-Hur) é fraco, Tobby Kebell (Messalah) é esforçado, e o brasileiro Rodrigo Santoro interpreta Jesus Cristo, que na versão de 1959 nunca tinha o rosto mostrado. O longa conta ainda com a presença do veterano Morgan Freeman, que vive o mecenas africano que acolhe Judah-Ben-Hur (na versão anterior, o papel era vivido pelo britânico Hugh Griffith como o sheik árabe Ilderin). Melhor ficarmos mesmo com o clássico de William Wyler.
Duração: 2h02min
Cotação: regular
Chico Izidro
“Quando as Luzes se Apagam” (Lights Out)
O filme surgiu de um curta de David F. Sandberg e que agradou executivos de Hollywood. “Quando as Luzes se Apagam” (Lights Out) também é dirigido pelo mesmo Sandberg, e é um terror promissor, apesar de alguns erros estruturais.
A história mostra a aparição de um ser que se alimenta da escuridão, sumindo quando as luzes se acendem. E ela vem aterrorizando uma família desestruturada formada por Sophie (Maria Bello) e seus filhos, Rebecca (Teresa Palmer) e Martin (Gabriel Bateman).
Sophie ficou viúva após a morte misteriosa do marido, vivido por Billy Burke, de “Crepúsculo” – e aqui um erro tremendo do filme. O personagem é simplesmente destroçado, mas ninguém vai investigar o possível assassinato...
Sophie tem fortes tendências depressivas e é o motivo pelo qual a tal entidade surge das sombras, sendo batizada de Diana. Rebecca decide investigar a aparição de Diana, ainda mais quando ela passa a atacar o seu irmão menor, Martin. A garota recebe a ajuda do namorado Bret (Alexander DiPersia), que é protagonista de uma cena muito engraçada, aliviando um pouco o medo que o filme provoca.
Maria Bello está convincente como uma mulher com aparentes problemas mentais. Gabriel Bateman e A bela Teresa Palmer também convencem como membros de uma família disfuncional. E não dá para esquecer de citar Alexander DiPersia, que foge do estereótipo de namorado inútil em cena, protagonizando momentos interessantes.
O clímax é interessante, com a família presa dentro de uma mansão, tentando manter as luzes acesas, seja com velas, lanternas, e estas falhando. Enfim, “Quando as Luzes se Apagam”, sendo uma boa opção para os apreciadores do gênero terror, que estão tão carentes de bons filmes.
Duração: 1h21min
Cotação: bom
Chico Izidro
A história mostra a aparição de um ser que se alimenta da escuridão, sumindo quando as luzes se acendem. E ela vem aterrorizando uma família desestruturada formada por Sophie (Maria Bello) e seus filhos, Rebecca (Teresa Palmer) e Martin (Gabriel Bateman).
Sophie ficou viúva após a morte misteriosa do marido, vivido por Billy Burke, de “Crepúsculo” – e aqui um erro tremendo do filme. O personagem é simplesmente destroçado, mas ninguém vai investigar o possível assassinato...
Sophie tem fortes tendências depressivas e é o motivo pelo qual a tal entidade surge das sombras, sendo batizada de Diana. Rebecca decide investigar a aparição de Diana, ainda mais quando ela passa a atacar o seu irmão menor, Martin. A garota recebe a ajuda do namorado Bret (Alexander DiPersia), que é protagonista de uma cena muito engraçada, aliviando um pouco o medo que o filme provoca.
Maria Bello está convincente como uma mulher com aparentes problemas mentais. Gabriel Bateman e A bela Teresa Palmer também convencem como membros de uma família disfuncional. E não dá para esquecer de citar Alexander DiPersia, que foge do estereótipo de namorado inútil em cena, protagonizando momentos interessantes.
O clímax é interessante, com a família presa dentro de uma mansão, tentando manter as luzes acesas, seja com velas, lanternas, e estas falhando. Enfim, “Quando as Luzes se Apagam”, sendo uma boa opção para os apreciadores do gênero terror, que estão tão carentes de bons filmes.
Duração: 1h21min
Cotação: bom
Chico Izidro
"Negócio das Arábias" (A Hologram for the King)
O filme começa com Tom Hanks cantando uma versão sobre o fracasso humano utilizando o som de um clássico do Talking Heads, "Once in a Lifetime". E logo veremos o personagem Alan Clay se dirigindo para a Arábia Saudita em "Negócio das Arábias" (A Hologram for the King), dirigido por Tom Tykwer. O objetivo de Clay é vender ao rei saudita uma tecnologia holográfica. Mas ele verá que as coisas não serão tão fáceis. Sem contar que sua vida é um desastre.
Na próspera cidade de Jeddah, Clay fará amizade com um taxista árabe, amante da música norte-americana, principalmente Chicago - a cena em que Clay fica incomodado com a música do grupo é hilária. Mas nada parece funcionar, pois os sauditas não dão muita bola para o americano, que se vê perdido e incomodado com o pouco descaso. Só que aos poucos ele vai conhecendo as coisas ilegais do país, regido por um forte sistema religiosa islâmico. E se envolverá com uma bela médica, Zahra (Sarita Choudhury), que o fará repensar toda a sua vida.
"Negócio das Arábias" mostra o renascimento de um homem que via a sua vida se esvair, mas que acaba se reinventando. Um filme divertido, ao mostrar as diferenças entre duas fortes culturas. Vale uma olhada.
Duração: 1h37min
Cotação: bom
Chico Izidro
quinta-feira, agosto 11, 2016
“A Conexão Francesa” (Le French)
Desde o título até a trama, remete diretamente ao clássico “Operação França”, de 1971 e ganhador do Oscar, onde era detalhado o tráfico de drogas da França para os Estados Unidos. Pois em ““A Conexão Francesa” (Le French), direção de Cédric Jimenez, retrata a máfia da droga na praiana Marselha entre meados dos anos 1970 até o início da década seguinte, e a luta de um juiz, Pierre Michel, para acabar com o tráfico.
Ele é interpretado por Jean Dujardin, que vira chefe de uma força tarefa para combater os traficantes, encarnado na figura de Tany Zampa (Gilles Lelouche, ótimo). Vivendo de fachada como empresário da noite e bom pai, Zampa controla o tráfico na cidade francesa, e é cruel com seus opositores. O embate entre eles é sensacional.
O filme traz cenas de perder o fôlego, e tem uma reconstituição de época excepcional – afinal, a história como já disse, se passa entre 1975 e 1981, ano da eleição do socialista François Miterrand à presidência da França, fato que deu força para que Pierre Michel conseguisse combater com mais eficácia o tráfico.
Duração: 2h15min
Cotação: ótimo
Chico Izidro
“Na Ventania” (Risttuules)
O filme “Na Ventania” (Risttuules), dirigido por Martti Helde, mostra um evento não muito divulgado da II Guerra Mundial. Se Hitler foi o algoz do Holocausto judeu, Joseph Stalin também não poupou os povos eslavos e bálticos. O terror mais conhecido do líder soviético ocorreu na Ucrânia em meados dos anos 1930, quando exterminou 5 milhões de pessoas via fome.
E em 1941, quando a União Soviética entrou na II Guerra Mundial, Stalin ordenou uma espécie de limpeza étnica nos países bálticos Estônia, Letônia e Lituânia. Milhares de cidadãos destes países foram enviados para os confins da Sibéria, para realizar trabalhos braçais, e onde muitos morreram de fome ou de frio. A alegação é de que eram traidores do sistema comunista.
A medida atingiu a família de Erna, uma estoniana que foi separada do marido durante o transporte de trem que durou dias. Com ela ficou sua filha, que acabou morrendo de fome na Sibéria – quem não trabalhava não comia e crianças não trabalhavam, por isso não tinham direito a alimentação. Toda a história é contada através das cartas que Erna escreveu para o marido por mais de uma década. O filme se destaca, no entanto, pela técnica do tableaux vivant, onde os personagens são filmados sem movimento. Quase como se fossem uma fotografia. E as imagens ficam mais destacadas ainda pelo preto e branco utilizado.
“Na Ventania” (Risttuules) é um filme difícil, não sendo para aquele espectador que não tem paciência e nem mente aberta para assistir a uma obra de poucos ou quase nenhum diálogo. Apenas a leitura das cartas de Erna e movimento zero.
Duração: 1h23min
Cotação: ótimo
Chico Izidro
Um Espião e Meio (Central Intelligence)
Um Espião e Meio (Central Intelligence), dirigido por Rawson Marshall Thunder, trata o bullying como caso muito sério. E até é, pois muita gente ficou traumatiza para o resto da vida, chegando a cometer atos de vingança.
Aqui temos o gordinho Bob Stone (Dwayne Johnson), que foi humilhado no colégio, mas salvo de certa forma pelo colega Calvin Joyner (Kevin Hart), o cara perfeito, com um grande futuro lhe aguardando. Pois se passam 20 anos, e agora Bob é um agente da CIA, malhadão, que procura o ex-colega para ajudá-lo numa investigação, além do que está sendo procurado por ser acusado de ter assassinado o parceiro e acusado de traição.
Mas após duas décadas, muita coisa mudou. Calvin não obteve o sucesso que esperava e é um simples contador em uma firma, que lhe nega promoção, e o casamento está em crise. E ele acaba caindo numa ciranda de eventos ao ser procurado por Bob.
A comédia brinca muito com a questão física dos personagens, mas não espere discussões profundas sobre o bullying. A atuação de Dwayne Johnson até tem certa graça – repare quando vive o gordinho na época do colégio, coberto de maquiagem. Já Kevin Hart é um histérico, que tenta imitar, sem sucesso Eddie Murphy. Berra muito, faz caretas, chegando ao limite da irritação.
Duração: 1h49min
Cotação: regular
Chico Izidro
Perfeita é a Mãe! (Bad Moms)
Perfeita é a Mãe (Bad Moms), dirigido por Jon Lucas e Scott Moore, é um filme besteirol que depois de assistí-lo, ficamos pensando o porque paramos para vê-lo. Como protagonistas em cenas constrangedoras, mulheres tentando e falhando em tentar fazer graça. A trama acompanha a mãe de duas crianças, Amy (Mila Kunis), que decide dar um novo sentido a sua vida após descobrir uma traição do marido. Ela se une a outras duas mães, a explorada pelo marido Kiki (Kristen Bell) e a fogosa Carla (Kathryn Hahn), para tentar encontrar algum sentido na sua vida enlouquecida.
Claro que as três vão sofrer com o preconceito de outras mães, que não aceitam aquelas mulheres rebeldes, e enfrentar a cruel Gwendolyn (Christina Applegate), que se acha a dona do pedaço. Mas o filme derrapa ao apresentar todos os clichês possíveis, apostando num humor fácil e beirando o apelativo. A única coisa aproveitável neste longa sejam os pós-créditos, onde as atrizes principais são mostradas em um divertido bate-papo com suas mães na vida real. Muito pouco, pouco mesmo.
Duração: 1h38min
Cotação: ruim
Chico Izidro
quinta-feira, agosto 04, 2016
"Esquadrão Suicída" (Suicide Squad)
Para começar, a premissa me lembra muito o de "Os 12 Condenados", filme sessentista onde soldados de má índole são cooptados pelos aliados para realizar uma missão suicída no meio do império nazista, sob a condição de serem indultados. Bem, em "Esquadrão Suicída" (Suicide Squad), direção de David Ayer, os piores vilões das histórias em quadrinhos são convocados pelo governo norte-americano para combater uma ameaça sobrenatural.
A história se situa pouco depois dos eventos mostrados em "Batman vs. Superman", quando a burocrata governista Amanda Waller (Viola Davis) coloca em prática seu plano, a Força Tarefa X, onde recruta vilões que estão cumprindo pena, entre eles Arlequina (Margot Robbie), Deadshot (Will Smith), Rick Flag (Joel Kinnaman), Magia (Cara Delevigne) e Diablo (Jay Hernandez).
A apresentação dos personagens é toda feita com farta dose de clássicos do rock'n'roll dos anos 1970 e 1980. E parte da ação é legal, mostrando personagens que por mais que sejam do ladoescuro da força, conseguem uma grande empatia. Pena que na parte final tudo caia na mesmice, ou seja, uma grande batalha entre os vilões/mocinhos e os vilões/vilões, com direito a destruição total de uma cidade.
As melhores interpretações ficam por conta do Deadshot, de Will Smith, a Arlequina, de Margot Robbie e o Diablo, de Jay Hernandez. Já o Coringa, vivido por Jared Leto, tem uma participação quase secundária e muito fraca - saudade dos Coringas de Heather Ledge e até mesmo de Cesar Romero na série clássica dos anos sessenta. E vamos combinar, tem muita gente chata, afinal, o que se esperar de um filme onde os personagens são saídos dos quadrinhos? É ficção. Relaxem.
Duração: 2h10min
Cotação: bom
Chico Izidro
"O Caminho Para Berlim" (Doroga na Berlin)
Um filmaço de guerra. E como a II Guerra Mundial é, desculpem o trocadilho, campo fértil para milhares de histórias que foram contadas e que serão contadas. Em "O Caminho Para Berlim" (Doroga na Berlin), direção de Serguei Popov, e Baseado no romance “Dois na Estepe” de Konstantin Simonov e e nos diários de guerra de Konstantin Simonov, é mostrada a história do soldado Ogarkov (Yuri Borisov), condenado à morte por fuzilamento por ter demonstrado covardia durante um ataque alemão em uma aldeia em 1942.
Após o julgamento, Ogarkov fica sob os cuidados de um soldado cazaque, Djurabaev (Amir Abdykalykov). Os dois têm de cruzar as estepes, escapando das tropas alemãs, para chegar ao local onde será aplicada a pena. O cazaque, analfabeto e rigoroso, não pensa muito e tem olhos apenas sua missão: cuidar do condenado, mesmo que este durante o percurso consiga demonstrar a valentia que lhe faltou no começo.
As cenas de batalhas são extremamente bem filmadas, assim como a reconstituição das aldeias russas. Amir Abdykalykov está ótimo no papel do soldado sem muita visão, quase um robô, e que não consegue soltar um sorriso.
Duração: 1h25min
Cotação: ótimo
Chico Izidro
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