“ZÉ”

Foto: Embaúba Filmes

“ZÉ”, direção do mineiro Rafael Conde, é baseado no livro homônimo, escrito pelo escritor cearense Samarone Lima. Ele relata a vida de José Carlos Novaes da Mata Machado, jovem líder do movimento estudantil que lutou contra a ditadura militar no Brasil. Samarone investigou a vida do militante em arquivos da repressão, entrevistas com militantes contra a ditadura, familiares e amigos.

Na trama, Zé foi interpretado por Caio Horowicz (Califórnia, A Batalha da Rua Maria Antônia). Além do ator, Eduarda Fernandes, Samantha Jones, Rafael Protzner, Yara de Novaes, Gustavo Werneck e Alexandre Cioletti compõem o elenco principal.

“ZÉ” é quase intimista, mostrando uma pessoa de classe média alta, que se dedicou dedicar à alfabetização e à conscientização política dos mais pobres no Nordeste. Entrando na guerrilha e sendo integrante da Ação Popular Marxista-Leninista (APML), e com o endurecimento da Ditadura Militar, teve de entrar na clandestinidade.

O filme mostra, com uma excelente reconstituição de época, a vida de Zé, sua esposa e o filho e demais colegas de luta fugindo dos militares. Nascido em março de 1946, viveu apenas 27 anos, pois acabou assassinado em outubro de 1973.

Diferente da maioria dos filmes de ficção sobre a ditadura, “ZÉ” evita a dramatização excessiva com cenas de violência. O longa prefere focar nos conflitos familiares e nos dramas éticos e pessoais dos personagens, oferecendo uma visão mais intimista e reflexiva sobre os impactos do regime autoritário nas vidas de militantes perseguidos.

O diretor relata ainda a importância do lançamento do longa no momento atual do país. “Talvez por conta da minha formação de professor, eu lembro muito dos movimentos secundaristas de 2013, 2015, das manifestações estudantis, assim como foi na época da ditadura” e completa: “esses filmes (sobre ditadura) vão e voltam, sempre tem uma revisita, algo novo. E hoje vejo pessoas com cartazes na mão, pedindo ditadura. Eu fico assustado, essas pessoas não sabem o que é viver sob o regime do medo, da censura e da repressão.”

Cotação: ótimo

Duração: 2h02min

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=fYe_9WXgC4Y&t=1s

“LONGLESS - VÍNCULO MORTAL” (Longlegs)

Foto: Diamond Films

“LONGLEGS - VÍNCULO MORTAL”, dirigido por Oz Perkins, segue a agente do FBI Lee Harker (Maika Monroe) tentando desvendar crimes em séries praticados por um assassino chamado de Longlegs (Nicolas Cage). O serial killer deixa nas cenas dos assassinatos, em uma pequena cidade do meio-oeste americano, onde pais matam suas esposas e filhas, deixa cartas com um alfabeto desconhecido – referência ao Zodiaco, que apavorou San Francisco no final dos anos 1960, e mandava cartas criptografadas para os jornais.

Lee é uma agente com claros sinais de autismo, que teve uma infância perturbadora, e à medida que vai estudando e se aprofundando no caso de Longlegs, vai descobrindo evidências de ocultismo. E também acaba encontrando uma conexão pessoal com o assassino.

No papel do assassino, Cage aparece pouco, atrás de muita maquiagem – a peruca loira e o queixo acentuado me lembraram muito David Coverdale, o vocalista do Whitesnake. O ator tem cenas em que repete o seu pior, com histrionismos desnecessários.

“LONGLESS - VÍNCULO MORTAL” tem sido vendido como um filme assustador e perturbador. O seu início é até promissor, com uma brutal morte de um agente e uma cena que imita sem vergonha nenhuma Jodie Forster em “Silêncio dos Inocentes”, com Lee invadindo a casa onde está o criminoso, sem pedir reforços e nada. Mas depois, é só ladeira abaixo, com momentos pouco inspirados, falhas no roteiro e um final pra lá de decepcionante. Tanto barulho por nada.

Cotação: ruim

Duração: 101 min

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=FvVmk7ev39I

“PISQUE DUAS VEZES” (Blink Twice)

Foto: Warner Bros.

“PISQUE DUAS VEZES” (Blink Twice), dirigido por Zoë Kravitz (filha do cantor Lenny Kravitz e da atriz Lisa Bonet) é daqueles filmes onde nada do que parece ser, na realidade é. Ou seja, apesar da normalidade aparente, por trás existe algo de muito sinistro acontecendo.

Na trama, a sonhadora garçonete Frida (Naomi Ackie), ao lado da amiga e colega Jess (Alia Shawkat), recebe em uma determinada noite um convite irrecusável. Depois de ambas entrarem de penetras numa festa do magnata da tecnologia Slater King, acontece uma conexão imediata dela com o bilionário. E Slater convida Frida e a amiga a passar um final de semana em sua ilha particular, junto com outros amigos e amigas dela. Frida e Jess nem pensam duas vezes e embarcam na aventura.

A ilha é um verdadeiro paraíso tropical, e as festas são embaladas com muita champanhe, drogas, comidas chiques. E Frida parece viver um sonho que sua vida simples nunca lhe proporcionaria.

Porém, ao mesmo tempo, Jess começa a achar tudo meio estranho e começa a questionar a aparente normalidade.

A partir daqui não posso mais contar, sob o risco de estragar a virada que acontece no filme. O máximo que dá para falar é que acaba acontecendo um embate entre os homens e as mulheres. Não existem monstros, nem assassinos seriais. Aliás, os monstros são os seres humanos.

“Pisque Duas Vezes” é um bom filme, com uma história que prende a atenção. Além de Channing Tatum e Naomi Ackie, conhecida pelo papel de Bonnie na série de televisão “The End of the F***ing World”, o filme tem ainda Adria Arjona, de “Assassino Por Acaso”, Christian Slater, Geena Davis, Kyle MacLachlan e o eterno “Eu Vejo Pessoas Mortas” Haley Joel Osment.

Cotação: bom

Duração: 1h42

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=bb9lnpkMeys

“MOTEL DESTINO”

Foto: Pandora Filmes

“MOTEL DESTINO” é dirigido por Karim Aïnouz, e se passa dentro do estabelecimento que dá título ao filme. O motel fica à beira de uma estrada em Fortaleza, sem nenhum glamour, propriedade do casal formado por Elias (Fábio Assunção) e sua esposa Dayana (Nataly Rocha).

Tudo parece transcorrer normalmente até a chegada do jovem Heraldo (Iago Xavier), que se refugia no local, depois de ter participado de um assalto fracassado, passando a ser jurado de morte pelos parceiros.

No começo, Heraldo quer passar algum tempo no motel apenas para deixar a poeira baixar. Mas acaba virando um funcionário. E não só isso. Dayana é praticamente uma prisioneira no lugar, sofrendo abusos do marido machista e sonhando em sair dali. E carente, acaba se envolvendo romanticamente com o jovem.

“Motel Destino” é classificado como um thriller erótico. E muito lembra o clássico “O Destino Bate à Sua Porta”, que teve duas versões, em 1946 e 1981. Na trama, em um posto de gasolina e restaurante à beira da estrada, o dono do estabelecimento, emprega um andarilho. Em pouco tempo, a mulher dele, está tendo um obsessivo e apaixonado caso com o empregado. E os amantes concluem que a única forma de ficarem juntos e ter todo o dinheiro que ambos almejam é assassinar o dono do local.

“‘Motel’ é uma saga do encontro de um rapaz em fuga, totalmente vulnerável, com uma mulher aprisionada pelas dinâmicas de um casamento abusivo. Unidos pelo destino, seus caminhos se cruzam e a história se desenrola”, resumiu o diretor Aïnouz.

“Eu me inspirei bastante na pornochanchada e no cinema policial. Posso resumir “Motel Destino” como um thriller erótico, mas ele é, antes de tudo, uma história de amor. O amor entre um jovem periférico que vive a revelia de um sistema que deseja sua extinção e uma mulher se encontra em um relacionamento abusivo e desafia as opressões e tentativas constantes do patriarcado de silenciá-la”, concluiu o diretor.

Cotação: bom

Duração: 2h01

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=718qf7ESdUc

“OESTE OUTRA VEZ” É ELEITO MELHOR FILME EM GRAMADO

Foto: Instagram

“Oeste Outra Vez", do cineasta goiano Erico Rassi, foi o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado 2024, que se encerrou no sábado. O faroeste, filmado na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, conquistou o Kikito de Melhor Filme, além de prêmios para Melhor Fotografia, por André Carvalheira, e Melhor Ator Coadjuvante, para Rodger Rogério.

O filme de Rassi explora a vida vazia e angustiante dos personagens, homens rudes, incapazes de lidar com suas próprias fragilidades e que, abandonados pelas mulheres, não compreendem os motivos e entram numa saga de vingança e ódio. Rodger Rogério, compositor cearense, recebeu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel, consolidando a obra como uma das mais premiadas do festival.

O filme mais premiado, no entanto, foi "Estômago 2: O Poderoso Chef", de Marcos Jorge, que levou cinco Kikitos, incluindo Melhor Ator, Roteiro e Prêmio do Júri Popular. A dupla João Miguel e Nicola Siri dividiu o troféu de Melhor Ator, destacando-se na sequência da obra original de 16 anos atrás.

Eliane Caffé ganhou o Kikito de Melhor Diretora por "Filhos do Mangue", longa que também rendeu prêmio para Genilda Maria como Melhor Atriz Coadjuvante. O Kikito de Melhor Atriz ficou com Fernanda Vianna por "Cidade; Campo", de Juliana Rojas, que também foi escolhido pelo Júri da Crítica como o Melhor Filme.

"O Clube das Mulheres de Negócios", de Anna Muylaert, comédia que inverte os papéis de gênero, venceu o Prêmio Especial do Júri. Para completar, Karen Akerman conquistou o troféu de Melhor Montagem por "Barba Ensopada de Sangue", do diretor Aly Muritiba.

“MEU FILHO, NOSSO MUNDO” CHEGA AOS CINEMAS

Foto: Diamond Films

“MEU FILHO, NOSSO MUNDO” acompanha o comediante Max Bernal (Bobby Cannavale) que, com casamento e carreira falidos, está morando com seu pai Stan (Robert De Niro). Ele não concorda com Jenna (Rose Byrne) sobre a melhor maneira de cuidar do filho deles, Ezra, de 11 anos e diagnosticado com autismo. Cansado e decidido a mudar o jogo, Max parte com Ezra em uma viagem de carro para encontrar um lugar onde possam ser felizes.

Para sua surpresa, porém, a jornada impulsiva se mostra capaz de aprofundar não só sua relação com o filho, como também trazer uma nova perspectiva para seu relacionamento com o próprio pai, interpretado por Robert De Niro.

Com uma sensibilidade aguçada, “MEU FILHO, NOSSO MUNDO” tem roteiro de Tony Spiridakis e produção de William Horberg que, como De Niro, também são pais de jovens autistas. Além do quarteto principal, o filme também conta com os atores Rainn Wilson, Whoopi Goldberg e Vera Farmiga.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=30Gd4evlf-o

“A MENINA E O DRAGÃO”: ANIMAÇÃO COM BELLA CHIANG ESTREIA EM 19 DE SETEMBRO

Foto: Imagem Filmes

O livro infanto-juvenil de Carole Wilkinson chega adaptado para os cinemas na animação “A Menina e o Dragão”, com direção de Jianping e Salvador Simó.

O título traz uma história de aventura que nasce a partir de uma amizade improvável entre uma criança e um dragão. Na versão dublada, o longa conta com a voz de Bella Chiang. Ela já trabalhou em 'As Aventuras de Poliana' e 'Escola de Gênios', é bastante conhecida pelo público adolescente.

"Minha experiência foi incrível e, ao mesmo tempo, desafiadora. Dar a voz para a Ping, uma garota tão destemida, teimosa e corajosa foi trabalhoso! Muitas reações e falas que requisitavam um grande esforço por conta da ação da cena. No geral, eu me diverti muito e foi surreal viver, mesmo que por uma tela, um pouquinho da jornada da Ping”, destacou Chiang.

Na trama de “A Menina e o Dragão”, Ping é uma jovem órfã que vive na China Imperial, uma região onde dragões e humanos não são mais amigos e a caça da criatura mágica está a todo vapor. A protagonista, em uma fortaleza isolada, encontra um dragão e foge ao lado dele em busca de um ovo, o último ovo do dragão, que foi roubado por um poderoso feiticeiro.

“A Menina e o Dragão” é uma coprodução entre Espanha e China. “A história deve ser sempre a primeira preocupação, e a animação em si é apenas uma ferramenta para aumentar o seu apelo. Nossa principal preocupação era criar uma experiência inesquecível para o público, oferecendo uma ‘montanha-russa de emoções’ que ia da felicidade e medo à emoção e alegria”, explicou o diretor Salvador Simó.

O filme será lançado pela Imagem Filmes e chega aos cinemas brasileiros em 19 de setembro.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=O5fnsDFHgx4

“FORÇA BRUTA: SEM SAÍDA” CHEGA AOS CINEMAS EM SETEMBRO

Foto: Sato Company

“FORÇA BRUTA: SEM SAÍDA” (THE ROUNDUP: NO WAY OUT) traz DON LEE de volta interpretando o policial Ma Seok-do, protagonista de FORÇA BRUTA. O novo longa se passa sete anos após os acontecimentos do primeiro filme e é novamente dirigido por Lee Sang-yong.

Nessa sequência, DON LEE se junta a um novo esquadrão policial, e, desta vez, investiga um grupo de criminosos responsáveis pela disseminação de uma droga sintética, produzida por Joo Sung-chul (Lee Jun-hyuk), junto com mais um vilão inesperado, Ricky (Aoki Munetaka).

O diretor Lee aponta que, mesmo partindo do mesmo personagem do filme anterior, aqui tudo é novidade e, para fazer isso, se concentrou também no novo esquadrão que acompanha Ma Seok-do, além dos dois novos vilões.

A grande novidade na franquia é exatamente essa: a presença de dois vilões, duplicando os problemas e as lutas. E Ricky é o primeiro vilão internacional da série de filmes, um personagem que vai do Japão para a Coreia para lidar com seu negócio de distribuição de drogas.

Outra novidade são os novos parceiros de Ma Seok-do no esquadrão policial. O ator Kim Min-jae, interpretará um colega detetive, que se torna o fiel parceiro do Detetive Ma. Já Jang I-soo, o mascote da turma, e também outros novos personagens Cherry, interpretado por Ko Kyu-pil, e Kim Yang-ho, interpretado por Jeon Suk Ho, adicionam toques de comédia ao filme.

O diretor também aponta que, nessa sequência, as cenas de ação se tornaram mais sofisticadas e complexas. “Ma Seok-do e os vilões têm suas próprias cenas de ação, mas também tiveram que trabalhar juntos durante as cenas de luta. Essas cenas trazem mais tensão para levar a um grande confronto no final, criando ainda mais emoção para o filme”, explica.

O filme é a maior bilheteria da Coreia do Sul, com mais de 11 milhões de ingressos vendidos, e chega aos cinemas brasileiros em 12 de setembro, com distribuição da Sato Company.

Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=1kd1_MQlPME

“ZÉ”

Foto: Embaúba Filmes

"ZÉ", novo longa-metragem do diretor mineiro Rafael Conde, é uma adaptação da história verídica de José Carlos Novais da Mata Machado, jovem líder do movimento estudantil que lutou contra a ditadura militar no Brasil. Perseguido pelo regime, precisou recorrer à clandestinidade, abrindo mão de uma vida confortável para se dedicar à alfabetização e à conscientização política dos mais pobres no Nordeste.

O ponto de partida de “ZÉ” foi o livro ”Zé”, escrito por Samarone Lima, escritor cearense que investigou a vida do militante em arquivos da repressão, entrevistas com militantes contra a ditadura, familiares e amigos. Nascido em março de 1946 e assassinado em outubro de 1973, o personagem-título do longa participou da Ação Popular Marxista-Leninista (APML).

Na adaptação para o cinema, “ZÉ” foi interpretado por Caio Horowicz (Califórnia, A Batalha da Rua Maria Antônia). Além do ator, Eduarda Fernandes, Samantha Jones, Rafael Protzner, Yara de Novaes, Gustavo Werneck e Alexandre Cioletti compõem o elenco principal.

Diferente da maioria dos filmes de ficção sobre a ditadura, “ZÉ” evita a dramatização excessiva com cenas de violência. O longa prefere focar nos conflitos familiares e nos dramas éticos e pessoais dos personagens, oferecendo uma visão mais intimista e reflexiva sobre os impactos do regime autoritário nas vidas de militantes perseguidos.

Assim, apesar de basear-se em fatos reais, o filme vai além de uma mera reconstituição histórica ao resgatar histórias de vidas que foram apagadas pelo Estado e pela narrativa oficial do país. Para o cineasta, a ficção não significa se distanciar da realidade em direção à fantasia, mas ao contrário: voltar ao mundo e reinventá-lo.

Com distribuição da Embaúba Filmes, longa estreia em 29 de agosto nos cinemas brasileiros.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=fYe_9WXgC4Y

“O AUGE DO HUMANO 3”

Foto: Retrato Filmes

“O AUGE DO HUMANO 3”, do diretor argentino Eduardo Williams, é o primeiro a ser lançado pela Retrato Filmes, distribuidora brasileira recém chegada no mercado, com foco em produções independentes sobre temas variados e com impacto social e artístico. A obra é vencedora do Prémio Da Crítica Boccalino D’Oro no 76º Festival de Locarno.

"O Auge do Humano 3" nasce da ideia do diretor de fazer um filme ambicioso que tivesse tanto de documentário como de ficção, onde o surreal e o documental se encontrassem em uma mesma cena, e dá sequência a um projeto iniciado em 2016, com O Auge do Humano, que ganhou dois prêmios em Locarno naquele ano: melhor filme, e menção especial entre os cineastas estreantes.

O novo longa tem coprodução da brasileira Estúdio Giz e foi filmado em três países: Peru, Sri Lanka e Taiwan, sob uma atmosfera de estranha sensação de apocalipse, unificando os diferentes territórios do filme. Suas falas são estranhas, mas postas em um contexto de normalidade, e ditas de uma forma corriqueira, causando questionamentos se provêm de um delírio poético ficcional ou se são fruto da imaginação dos próprios atores não-profissionais.

“Meu objetivo era fazer um filme que não fosse apenas reflexo das minhas ideias, mas do que acontece quando elas são apropriadas por pessoas diferentes e refletidas em espaços que eu não conhecia na época em que as escrevi”, conta Williams, que também assina o roteiro.

O filme mostra três grupos de amigos à deriva pelos seus próprios contextos e, gradualmente, começam a partilhar os espaços e os sonhos uns dos outros, culminando numa marcha coletiva.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=XmRSS5KaCIU

“ATÉ QUE A MÚSICA PARE”

Foto: Okna Produções

Com direção de Cristiane Oliveira, “Até Que a Música Pare”, fala sobre a dor do luto. Depois que o último filho sai de casa, Chiara, matriarca de uma família descendente de italianos, decide acompanhar o marido em suas viagens como vendedor pelos botecos da Serra Gaúcha. Uma tartaruga e baralhos de carta colocarão à prova mais de 50 anos de vida a dois.

Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=KImabRcQpiE

“MEMÓRIAS DE UM ESCLEROSADO”

Foto: Vulcana Cinema

Com direção de Thais Fernandes e Rafael Corrêa, “Memórias de Um Esclerosado” é um documentário repleto de animações. Nele, o próprio Rafael analisa a sua situação, onde ele acaba sendo vítima de esclerose múltipla, e acredita se a morte de um sapo é a origem de sua doença.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=bap3pzonLsU

“OESTE OUTRA VEZ”

Foto: Divulgação

“Oeste Outra Vez”, longa de Erico Rassi, apresenta a narrativa de um faroeste brasileiro ambientado em um lugar isolado no sertão de Goiás, no Brasil.

Na pequena e hostil cidade, dois homens, Totó (Ângulo Antônio) e Durval (Babu Santana), disputam o amor de uma mulher. Tristes e amargurados, eles se voltam violentamente um contra o outro, numa saga de vingança.

“ESTÔMAGO 2: O PODEROSO CHEF”

Foto: Paris Filmes

Com direção de Marcos Jorge, “Estômago 2: O Poderoso Chef” é a continuação do filme de 2007. Desta vez, o personagem Raimundo Nonato (João Miguel) fica em segundo plano. A trama foca mais no famoso mafioso italiano Don Caroglio (Nicola Siri), com o filme transcorrendo em dois tempos. Uma delas é como ele se tornou o poderoso mafioso, enquanto a outra parte mostra o presídio onde eles estão cumprindo pena.

E Nonato, com um talento incrível para a culinária, conseguiu conquistar os criminosos na hierarquia da cadeia onde cumpre sua pena. Ele cozinha com frequência para o líder dos presidiários, Etcétera (Paulo Miklos), para os outros carcereiros e até para o diretor do presídio, que apreciam uma boa gastronomia.

Mas a tranquilidade do local é transformada com a chegada de Don Caroglio (Nicola Siri), que quer disputar o controle da penitenciária, colocando Raimundo como seu cozinheiro pessoal.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=UruvMc2fqVc

MOSTRA INFANTIL LEVA ANIMAÇÕES ÀS ESCOLAS DE GRAMADO

Foto: Divulgação Ecocinema

O Festival de Cinema de Gramado deste ano inclui mostras paralelas voltadas à comunidade, através de apresentações nas escolas da rede municipal da cidade. A Mostra Infantil Petrobrás, chega aos bairros de Gramado pelo Ecocinema, plataforma móvel e sustentável, que através de uma lona inflável vai permitir sete sessões de animações nacionais com temáticas relacionadas à sustentabilidade e meio ambiente. O Cinema nos Bairros vai até o dia 16 de agosto, em dois horários, manhã e tarde.

As escolas Mosés Bezzi, Nossa Senhora de Fátima, Henrique Bertoluci Sobrinho, Maximiliano Hahn, Senador Salgado Filho e Presidente Vargas recebem os títulos “A Baleia Mágica”, “Perlimps”, “O Dia da Inauguração do Mundo”, “O Micronauta”, “Geração Alpha”, “O Tubarão Martelo”, “Os Habitantes do Fundo do Mar e “Auts e Stella”.

As sessões para os alunos ocorrem em dois horários, às 9h30min e 14h30min, e são abertas a todos os moradores de Gramado.

A mostra é realizada em parceria com o Ecocinema, uma produtora de filmes especializada em retratar histórias que geram consciência e mudanças positivas na sociedade. A iniciativa leva cinema a espaços públicos, democratizando o acesso à sétima arte em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Anualmente, o Ecocinema realiza atividades em diferentes partes da América Latina e da Espanha, totalizando milhares de oficinas educativas e exibições por ano, atingindo diretamente quase dois milhões de pessoas anualmente.

Em Gramado, serão utilizadas unidades móveis que possuem sistema de energia solar fotovoltaica para a projeção dos filmes. Chamadas de naves solares, são um exemplo prático da utilização de energias renováveis, popularizando o seu conhecimento junto de toda a população. As animações foram realizadas com financiamento do Programa Petrobras Cultural.

Fonte: Ancila Ferreira

FESTIVAL DE GRAMADO CHEGA AO SEU QUARTO DIA

Fotos: Criba Aquino

O 52º Festival de Cinema de Gramado começou na sexta-feira, dia 9 de agosto, com a exibição do longa-metragem “Motel Destino”, que não concorre à premiação. Na mesma noite, houve a entrega do Troféu Oscarito em homenagem às realizações da carreira do ator Matheus Nachtergaele.

Ainda no final de semana ocorreu a mostra de curtas gaúchos, com o filme Chibo, de Gabriela Poester e Henrique Lahude, escolhido o melhor filme da mostra. O filme “Posso Contar nos Dedos” ganhou em duas categorias: melhor roteiro para Victoria Kaminski e Rubens Fabrício Anzolin e melhor direção de arte para Denis Souza, Victoria Kaminski e Nadine Lannes Maciel. Jéssica Teixeira venceu como melhor atriz pela atuação em “Noz Pecã” e Victor Di Marco ganhou o troféu de melhor ator por seu trabalho em “Zagêro”.

Os vencedores por categoria:

Melhor filme:

“Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude

Melhor direção:

Rodrigo Herzog por “Está Tudo Bem”

Melhor atriz:

Jéssica Teixeira por “Noz Pecã”

Melhor ator:

Victor Di Marco por “Zagêro”

Melhor roteiro:

Victoria Kaminski e Rubens Fabrício Anzolin por “Posso Contar nos Dedos”

Melhor fotografia:

Eloísa Soares por “Cassino”

Melhor direção de arte:

Denis Souza, Victoria Kaminski e Nadine Lannes Maciel por “Posso Contar nos Dedos”

Melhor trilha sonora:

Edneia Brasão e Pedro Erler por “Não Tem Mar Nessa Cidade”

Melhor montagem:

Marcio Picoli e Victor Di Marco por “Zagêro”

Melhor desenho de som:

Fábio Baltar por “Flor”

Melhor produção executiva:

Graziella Ferst e Marlise Aúde por “Pastrana”

Prêmio ACCIRS:

“Pastrana”, de Melissa Brogni e Gabriel Motta.

Nesta segunda-feira, haverá a exibição do longa-metragem “Até Que a Música Pare” e “Oeste Outra Vez”.

Também nesta segunda-feira, o Canal Brasil passará a exibir curtas e documentários a partir das 19h. Serão 17 curtas e 5 documentários que concorrem aos prêmios Kikitos.

Na quarta-feira, a atriz Vera Fischer receberá o Troféu Cidade de Gramado.

“BORDERLANDS – O DESTINO DO UNIVERSO ESTÁ EM JOGO” (Borderlands)

Foto: Paris Filmes

“Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo”, com direção de Eli Roth, é baseado em uma das franquias de videogame mais vendidas de todos os tempos da Gearbox Software. E é de uma chatice monumental.

A história tem como protagonista a mercenária Lilith (Cate Blanchett), que retorna ao seu planeta natal, Pandora, em busca de Tiny Tina (Ariana Greenblatt), filha desaparecida do poderoso Atlas (Edgar Ramirez), um influente proprietário de uma das mais poderosas empresas de armas da galáxia.

Para conseguir resgatar a garota, ela acaba se unindo contra à vontade com outro mercenário, Roland (Kevin Hart), o mascarado Krieg (Florian Munteanu), e o robô Claptrap (voz de Jack Black). Lá pela metade do filme, a cientista Dr. Tannis (Jamie Lee Curtis) acaba se juntando ao grupo. E eles enfrentam uma série de desafios, desde ameaças alienígenas até bandidos mascarados.

E a originalidade dos personagens é igual a zero. Todos eles são cópias descaradas de outros personagens do universo dos quadrinhos, da ficção científica...que o diga o robô RS-D2, ops...Claptrap. O filme vai agradar ao público pouco exigente e pouco pensante.

Cotação: ruim

Duração: 1h40min

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Mu99fomXPdU

“É ASSIM QUE ACABA” (It Ends With Us)

Foto: Sony Pictures

“É Assim Que Acaba” (It Ends With Us), direção de Justin Baldoni, é a primeira adaptação de um livro de Colleen Hoover, uma das principais escritoras de literatura young adult da atualidade.

A trama foca em Lily Bloom (Blake Lively), que vive em Boston, tentando superar traumas da infância. E sua vida muda quando ela conhece o bonitão e rico neurocirurgião Ryle Kincaid (Justin Baldoni, também o diretor do filme). Ela não quer envolvimento com médico, que a vence pelo cansaço, como se dizia antigamente. Os dois engatam um namoro e depois um casamento. Mas a medida que vão convivendo, Lily começa a ver lados de Ryle que a lembram do relacionamento de seus pais – o pai era uma pessoa abusiva e agressiva.

Então um dia, Lily acaba encontrando seu primeiro amor, Atlas Corrigan (Brandon Sklenar). E isso mostra o verdadeiro lado de Ryle, e Lily percebe que deve aprender a confiar em seus instintos para fazer uma escolha para o seu futuro.

Não li o livro de Colleen Hoover, mas quem o fez, garante que o roteiro minimizou muita coisa, dando mais ênfase ao lado romântico da trama, do que da violência física e psicológica contra a mulher.

“É Assim que Acaba” vai agradar o público romântico, que deve ir preparado com lencinhos, pois a choradeira é certa. O filme tem bons momentos, mas também cenas apelativas e melosas, beirando, beirando o dramalhão. E o final deixa aberta uma continuação.

Cotação: bom

Duração: 130 min

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=x4D3WHlquus

“DEADPOOL & WOLVERINE”

Foto: Disney

Há muito tempo deixei de curtir filmes de super-heróis, que eram uma paixão vinda desde a infância. Mas ainda tinha uma certa simpatia pelo mercenário Deadpool, por seu humor anárquico e debochado, sem ligar muito para a mitologia cinematográfica.

Então eis que “Deadpool & Wolverine”, direção de Shawn Levy, me decepcionou. O personagem tão bem interpretado por Ryan Reynolds perdeu o vigor. Segue debochado e brincalhão, iconoclasta. Mas a decepção chega com o roteiro do filme, que ele co-estrela com Wolverine (Hugh Jackman).

Na trama, o “civil” Wade Wilson tenta levar uma vida normal, vendendo carros, após não conseguir entrar para os vingadores. Até que é contratado pelo Sr. Paradox (Matthew MacFayden), um agente da Autoridade de Variância Temporal (AVT), para ir atrás de um novo Wolverine, já que o original morreu, para evitar a destruição de seu universo. O problema é que o Wolverine encontrado por Wade é considerado o pior de todas as suas variantes.

A partir daí, a história gira em universos paralelos (uma mania atual dos filmes de heróis), com muita luta, correria e explosão.

Ou seja, nada de novo, em momentos repetitivos e cansativos. Coisa vista em todos os outros filmes do gênero. Assim, “Deadpool & Wolverine” se torna o mais do mesmo. Duas horas jogadas fora.

Cotação: ruim

Duração: 127 min

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=K6lJSJXSdfI

“LONGLEGS - VÍNCULO MORTAL” CHEGA AOS CINEMAS NO DIA 29 DESTE MÊS

Foto: Diamonds Filmes

“LONGLEGS - VÍNCULO MORTAL” conta com direção de Oz Perkins e com Nicolas Cage e Maika Monroe como protagonistas. Cage interpreta um assassino em série que deixa mensagens crípticas em suas cenas do crime, que apenas a agente policial Lee Harker (Maika Monroe) consegue desvendar, dando início à uma série de acontecimentos perturbadores.

Com uma transformação intensa e uma performance de tirar o fôlego, Cage revelou em uma entrevista recente que se inspirou em sua mãe, que sofreu de esquizofrenia, para criar o personagem que dá título ao filme.

"Eu li o roteiro e vi de cara que era incrível. Vi que era algo realmente sombrio, e pensei como eu iria viver aquilo. E aí me ocorreu minha mãe. Ela não era satânica, mas ela batalhava contra algo no interior dela, e isso a fazia agir de forma estranha. Eu então decidi canalizar minha mãe como Longlegs. Se eu sou bom no que eu faço, em qualquer instância, eu devo à minha mãe”, diz Cage.

O diretor Oz Perkins tem ligação com terror desde o berço. Filho de Anthony Perkins, que interpreta o icônico Norman Bates em “Psicose”, filme clássico de Alfred Hitchcock, o cineasta demonstra, desde o início de sua carreira, interesse no gênero de terror, tendo dirigido “A Enviada do Mal”, “Maria e João: O Conto das Bruxas” e “O Último Capítulo”.

Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YqP0fJ1NJvw

FILME SOBRE MANIACO DO PARQUE GANHA TEASER E DATA DE ESTREIA

Foto: Prime Video

O primeiro teaser e a data de estreia de “Maníaco do Parque” foram divulgados. O filme sobre o caso real que chocou o Brasil chega ao Prime Video no dia 18 de outubro.

A prévia apresenta Elena, uma jornalista em busca de desvendar a identidade do assassino em série conhecido como Maníaco do Parque, e a intensa cobertura da imprensa sobre o caso.

Ambientada em São Paulo, em 1998, a produção vai mostrar a caçada ao motoboy Francisco de Assis Pereira, condenado por atacar 23 mulheres e assassinar dez delas, e como a jovem repórter precisa lidar com seus traumas pessoais enquanto encara um dos principais casos policiais e midiáticos do país.

O título é estrelado por Giovanna Grigio, Silvero Pereira, Marcos Pigossi, Xamã, Mel Lisboa, Christian Malheiros e mais. A direção é Maurício Eça, que também foi responsável pelos três filmes sobre o caso de Suzane Von Richthofen, “ A Menina que Matou os Pais” (2021) e “O Menino que Matou Meus Pais” (2021).

Além do longa ficcional, o Amazon Prime Video anunciou uma série documental sobre o mesmo caso, que levará o título “Maníaco do Parque: A História Não Contada”, também prevista para estrear no ano que vem.

Veja o Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=UHDUpmEE_uY

MEU SANGUE FERVE POR VOCÊ, HISTÓRIA DE AMOR ENTRE SIDNEY MAGAL E MAGALI WEST, VOLTA A SER EXIBIDO NO CINEMA

Foto: Manequim Filmes

"MEU SANGUE FERVE POR VOCÊ", dirigido por Paulo Machline e protagonizado por Filipe Bragança e Giovana Cordeiro, volta aos cinemas no dia 1º de agosto. Os atores interpretam Sidney Magal e Magali West em uma obra que relembra o início do relacionamento do cantor com sua mulher.

"MEU SANGUE FERVE POR VOCÊ" traz o início da história de amor entre Sidney Magal, um astro da música em ascensão no final dos anos 1970, e seu grande amor, Magali West. Os atores que interpretam o casal, Filipe Bragança e Giovana Cordeiro, alcançam mais reconhecimento a cada dia que passa. O ator participou da novela "Elas por Elas" e a atriz protagonizou a novela "Fuzuê", ambas da TV Globo.

Machline, que foi indicado ao Oscar por seu curta-metragem “Uma História de Futebol”, diz que “assim como Magal, o Filipe é um artista de múltiplos talentos, então o canto e a dança vieram naturalmente e evoluíram com estudos, conversas e ensaios. Fizemos um período de preparação magnífico, tanto para a atuação como para canto e dança. Nunca quisemos imitar o Magal, juntos construímos um personagem inspirado em Magal, na postura, nos gestos, na dança, no olhar, no sorriso. A ideia sempre foi muito mais fazer o personagem vibrar como Magal do que copiar Magal”.

O roteiro de "MEU SANGUE FERVE POR VOCÊ" é assinado por Roberto Vitorino e teve participação de Homero Olivetto, Thiago Dottori e do próprio diretor Paulo Machline, que conta que o filme traz elementos da época, mas também outros que são atemporais. Para a criação do filme, o diretor explica que viu “musicais americanos, indianos, franceses e outros. Coisas antigas e atuais. Da mesma forma estudei os roteiros das comédias românticas. Vi muita coisa até encontrarmos o nosso tom, a nossa linguagem.”

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VdOprycq9tc

DEBORAH SECCO VOLTA AO PAPEL DE BRUNA SURFISTINHA

Foto: Imagem Filmes

"Bruna Surfistinha 2": Sequência do longa-metragem traz de volta Deborah Secco no papel da garota de programa que levou mais de 2 milhões de brasileiros aos cinemas.

Depois de 13 anos de intervalo, a garota de programa mais famosa do Brasil está de volta. A TvZero, em parceria com a Imagem Filmes, anuncia a produção do longa-metragem "Bruna Surfistinha 2", filme que em sua primeira versão levou mais de 2 milhões de brasileiros aos cinemas. A atriz Deborah Secco volta às telas como a protagonista. Na coprodução e direção estará Marcus Baldini que também assinou o primeiro longa, que chegou às telas dos cinemas brasileiros no dia 25 de fevereiro de 2011.

Deborah, também coprodutora do filme, define Bruna Surfistinha como um dos personagens mais importantes da sua vida: “Me fez ser uma pessoa completamente diferente, um dos mergulhos artísticos mais profundos que eu já tive. Ela tem muita história pra contar ainda, mas eu imaginei que não fosse acontecer”.

A primeira versão do filme "Bruna Surfistinha", uma adaptação cinematográfica do bestseller literário “O Doce Veneno Do Escorpião: o Diário de uma Garota de Programa”, de Raquel Pacheco, conta a história da jovem Raquel (Deborah Secco), filha de classe média paulistana que um dia sai de casa e toma uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Em pouco tempo, Raquel se transforma em Bruna Surfistinha e passa a ser uma celebridade nacional, contando sua rotina em um blog na internet.

Para o diretor Marcus Baldini, o longa continua vivo na memória do público: “É impressionante ver como o primeiro Bruna é um filme que permanece vivo e continua atraindo atenção dos espectadores. Olhando para o mundo de hoje, muito diferente do que era 15 anos atrás (data do início das filmagens), vejo como vai ser um desafio grande dar continuidade a essa história. Ao mesmo tempo, me parece uma grande oportunidade visitar de novo essa personagem junto com a Deborah. Agora, de um ponto de vista mais maduro tanto do lado pessoal como profissional."

Veja Deborah Secco no Instagram: https://www.instagram.com/p/C-GfJy1yfDo/?hl=pt-br

“A SUBSTÂNCIA” TRAZ LIBERTAÇÃO FEMININA EM FILME FEITO POR MULHERES

Foto: Imagem Filmes

A MUBI, em colaboração com a Imagem Filmes, estreia o filme "A Substância" nos cinemas brasileiros no dia 19 de setembro. Com as aclamadas atrizes Demi Moore e Margaret Qualley no elenco e a direção e roteiro da cineasta francesa Coralie Fargeat, o filme já conquistou o público em diversos festivais internacionais e promete alcançar sucesso também no Brasil.

"A Substância" acompanha a história Elisabeth Sparkle, uma celebridade em decadência interpretada por Demi Moore, que decide usar uma estranha droga do mercado negro: uma substância aparentemente milagrosa que replica células e cria temporariamente uma versão mais jovem e melhor de si mesma. A partir de então, surge a personagem Sue, interpretada por Margaret Qualley e que dá origem a uma série de acontecimentos bizarros.

O filme marca o retorno de Demi Moore como protagonista nas telonas, que desde a década de 1980 já atuou em grandes produções como “Ghost - Do outro lado da Vida” e “G.I. Jane”, e retorna agora com uma performance explosiva. Moore já provou ser uma das maiores artistas de sucesso da indústria cinematográfica, inclusive estabelecendo um recorde em 1995 quando se tornou a atriz mais bem paga de Hollywood, uma prova de seu sucesso e apelo de bilheterias. Na 77ª edição do Festival de Cannes, A Substância foi ovacionado por 11 minutos e marcou a primeira participação da atriz no festival, além de conceder ao filme o prêmio de melhor roteiro.

Veja o teaser: https://www.youtube.com/watch?v=dsQZ1NTZPU8

“FAMÍLIA” É O 23º” FILME DO ATOR KOJI YAKUSHO ESTREIA NO DIA 15 DE AGOSTO NO BRASIL

Foto: Sato Company

Koji Yakusho é protagonista do drama “FAMÍLIA”, que chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 15 de agosto, com distribuição pela Sato Company. Ícone do cinema japonês, o ator ficou mundialmente conhecido por ‘Dias Perfeitos’, indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2024 e que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no 76º Festival de Cinema de Cannes.

“Família” é o 23º filme da carreira de Yakusho, que também tem em sua filmografia “Três Dias que Mudaram Tudo” (2023), “Sob o Céu Aberto” (2020), “13 Assassinos” (2010), “Babel” (2006), “Memórias de uma Gueixa” (2005), entre outros.

Com direção de Izuru Narushima, “Família” aborda os laços de afeto que unem as pessoas e formam uma “família” improvável, e trata também sobre a imigração de brasileiros no Japão.

“Estamos em um período de divisões, vide as discussões recentes envolvendo as eleições nos Estados Unidos. Com esse filme, eu queria mostrar que a comunidade brasileira que vive no Japão é formada por pessoas muito interessantes e que basta iniciar uma comunicação com eles, que é possível ter um relacionamento próximo com essas pessoas. A mensagem que eu gostaria de transmitir é essa: que para além das divisões, é possível nos relacionarmos com os outros como uma família”, diz o diretor.

No longa, Yakusho interpreta Seiji Kamiya, um artesão que vive sozinho, trabalhando com cerâmica, cuja mulher morreu há um tempo. Seu filho Manabu (Yoshizawa) vive na Argélia, onde trabalha como engenheiro numa grande empresa e se casou com uma refugiada, Nadia (Malyka Ali), que tem uma história de força e superação, desde que ficou órfã ainda criança.

Quando Manabu conta que quer abandonar o trabalho e voltar para o Japão para trabalhar como o pai como ceramista, Seiji acha arriscado para o futuro do casal, mas Nadia embarca na ideia para tentar uma nova vida e uma nova família ali.

No Japão, eles conhecem Marcos (Lucas Sagae), um jovem brasileiro que vive num conjunto habitacional Ho-oka, onde sofre um acidente quando está fugindo de uma gangue e acaba sendo ajudado por Seiji e sua família. O rapaz, por sua vez, foi para o Japão aos 5 anos com os pais, que esperavam fazer uma vida melhor no país. Como nada disso aconteceu, Marcos odeia os japoneses. Esse grupo irá formar uma espécie de família, com a qual vão tentar superar juntos as diferenças do presente e as marcas do passado e conviver encontrando empatia e forças mútuas para seguir em frente.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=I5B2U9yJg7U

“ESTRANHO CAMINHO”

Foto: Embaúba Filmes

“ESTRANHO CAMINHO”, do diretor Guto Parente, é um drama fantástico que acompanha a trajetória de David, um jovem cineasta brasileiro que mora em Portugal há uma década. Porém, ele volta ao Brasil, em Fortaleza, para participar de um festival de cinema e mostrar o seu filme experimental.

Porém, David é surpreendido pelo rápido avanço da pandemia de Covid-19, em 2020. Ele estava hospedado em uma pensão, que acaba fechando, depois que o proprietário é hospitalizado, vítima do vírus.

A única solução do cineasta é procurar o pai, Geraldo, um sujeito turrão e solitário, com quem não fala ou tem notícias há mais de dez anos. David pede para passar uns dias no apertado apartamento do pai, que a princípio não quer receber o filho, porém dá abrigo ao jovem. Porém, Geraldo não gosta de conversar, odeia ser questionado.

E David deve ser um dos personagens mais azarados da história do cinema. Tudo dá errado para ele – é expulso da pensão, tem o celular, com quem se comunicava com a esposa em Portugal, roubado, e outras coisas. Aliás, muitas coisas estranhas acontecem. E David já não sabe se vive um sonho ou a realidade.

Os protagonistas são Lucas Limeira (ator de “Cabeça de Nêgo, ”Quando eu me Encontrar"), no papel de David, e Carlos Francisco (ator de “Bacurau” e “Marte Um”), no papel de Geraldo.

Lucas Limeira compartilha sua identificação com David, personagem protagonista que interpretou no longa, e sua conexão com Carlos Francisco, que deu vida ao pai de David: “‘Estranho Caminho’ é o meu segundo longa como protagonista. Foi um presente dar vida ao David, um personagem interessantíssimo, com o qual me identifiquei muito na questão da construção do relacionamento com o pai. Além disso, estar em cena ao lado de Carlos Francisco é ter uma aula de atuação, e de generosidade também”, disse.

“Tivemos uma conexão muito forte desde o primeiro ensaio, criamos um elo forte. Eu precisava estar bem confortável com o personagem e foi o que aconteceu do início ao fim”.

Cotação: bom

Duração: 1h24min

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=GgHTQ4vJqbs

“TUESDAY – O ÚLTIMO ABRAÇO” (Tuesday)

Foto: Paris Filmes

“TUESDAY – O ÚLTIMO ABRAÇO” é dirigido e roteirizado por Daina Oniunas-Pusic, repleto de alegorias sobre a morte. A trama foca na mãe, Zora, interpretada por Julia Louis-Dreyfus(Seinfeld e VIP), que está cuidando de Tuesday (Lola Petticrew), sua filha adolescente, que encontra-se muito doente.

A menina sofre de uma doença não identificada, e está à espera da morte. A mãe nega tanto a situação, que evita ficar em casa. Zora contrata uma enfermeira para cuidar da filha, e passa os dias em cafés ou praças, deixando o tempo passar, mentindo até mesmo sobre ter um emprego.

Eis que então Tuesday recebe uma visita inesperada e um tanto quanto indesejada da morte. Mas ao invés de se mostrar de maneira sombria e assustadora, com capuz e foice como estamos acostumados a ver nos filmes, a figura aparece em forma de um papagaio muito falante.

A garota, ao invés de implorar por sua vida ou demonstrar medo, passa a contar piadas para a morte. No entanto, por sua vez, Zora, ao descobrir a aproximação da morte, passa a ficar mais depressiva e começa a fazer de tudo para que a filha não se vá.

“Tuesday – O Último Abraço” no entanto, é um filme aborrecido, quase sonolento. Talvez porque Julia Louis-Dreyfuss não tenha conseguido achar o tom certo. E para quem assistia Seinfeld, a figura de Elaine é muito presente, passando a esperar que a atriz incorpore sua personagem mais famosa.

O filme tem acertos, como a relação de Tuesday e a morte, mostrando uma garota com grande maturidade e aceitação da vida que recebeu. Enfim, o longa-metragem seria muito melhor se não ficasse preso a alegorias filosóficas.

Cotação: Regular

Duração: 1h51min

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=NTqlbdIpqLI