quinta-feira, outubro 05, 2017

"Blade Runner 2049"



Para começar, o clássico "Blade Runner", dirigido por Ridley Scott em 1982, não precisava de uma sequência. Aquele final onde o detetive Rick Deckard (Harrison Ford) fugia com sua namorada replicante Rachael (Sean Young) e que apesar do final em aberto, deixava tudo claro, era o suficiente. Mas o dinheiro chama e mais de três décvadas depois, decidiram fazer a parte 2, "Blade Runner 2049", dirigido por Denis Villeneuve.

A trama original se passava em 2019, e agora dá um pulo de 30 anos. Em 2049, a Tyrell Corporation, empresa responsável pela criação dos androides, foi comprada por Niander Wallace (Jared Leto), que fez novos e melhorados seres sintéticos para assumir trabalhos humanos degradantes nas colônias espaciais ou no que restou da Terra. E o planeta é mostrado de uma forma degradante, desolado, com pouco ou quase nenhum verde - tudo é cinza e sombrio.

O personagem principal agora é o novato policial K (Ryan Gosling), ele próprio um replicante da nova geração e que caça modelos antigos, considerados rebeldes. E em sua tarefa, ele acaba descobrindo um segredo que pode ameaçar ainda mais o planeta. Então tem de tentar encontrar Deckard, que como se sabe, deu um jeito de sumir há três décadas.

Villeneuve (de A Chegada) se utiliza bem dos efeitos visuais e de uma boa história de detetive. Mas convenhamos, "Blade Runner" não necessitava desta sequência, não fosse ter o mesmo nome, poderia ser um policial futurista qualquer. E não tem nenhum clima "noir", tão destacado na obra de Ridley Scott. "Blade Runner 2049" até se esforça para respeitar sua matriz, mas passa longe do pretendido.

Duração: 2h43min

Cotação: bom
Chico Izidro

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