sexta-feira, janeiro 18, 2019

"Lizzie"




A vida da norte-americana Lizzie Borden já rendeu livros, séries, filmes e até um curta-metragem (The Old Sister, de 1955) e até mesmo batizou uma banda de heavy metal. Agora chega às telas uma nova versão de sua trajetória, em "Lizzie", direção de Craig Macneill. A bay staters (ela nasceu em Fall River, Massachussets, em 1960, onde morreu em 1927), tendo ficado famosa por ter sido acusada de matar o pai e a madastra, Andrew e Abby Borden, a machadadas em 4 de agosto de 1892. Julgada e execrada pelo público, foi considerada inocente e até hoje não se sabe quem realmente foi o responsável peloas assassinatos.

Nesta nova versão, a trama mostra Lizzie, vivida por Chloë Sevigny, que parece não envelhecer, sufocada pelo pai repressor. Ela se aproxima da empregada Bridget Sullivan (Kristen Stewart, mais uma vez surpreendendo, depois do fiasco apresentado na cinesérie Crepúsculo, ela cresceu e se mostra uma boa atriz, mesmo que siga com aquela cara de sofredora). O roteiro ousa, mostrando que Lizzie teria cometido os assassinatos, pois vivia um romance proibido com a empregada, além do que esta era abusada sexualmente por Andrew (Jamey Sheridan).

Chloë Sevigny foi a escolha acertada para viver Lizzie. Ela faz uma atuação convincente. Mas Sheridan e Stewart também vão muito tempo. O primeiro como um homem hipócrita, abusivo e dominador. A ex-namoradinha do vampiro, por sua vez, também acerta no tom de garota sofrida, mas presa pelas convenções da época - afinal, a trama se passa no final do conservador e moralista Século XIX.

Duração: 1h46
Cotação: bom


Chico Izidro

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