domingo, outubro 01, 2006

Xeque-Mate (Lucky Number Slevin)


Alguns filmes pegam a gente de surpresa. Um crítico da Folha de S. Paulo afirmou que o filme era previsível demais. Eu já não achei o mesmo. Falo de Xeque-Mate, que apesar de Bruce Willis e sua mesma interpretação de sempre - ele não consegue fazer outra cara a não ser aquela de segurando o sorriso?
Slevin Kelevra (Josh Hartnett, de Pearl Harbour e o ainda inédito Dália Negra) é um cara que, traído pela namorada, decide mudar de ares e vai visitar um amigo em Nova Iorque. Só que o amigo sumiu e duas gangues procuram o cara e Hartnett é confundido com a figura - no filme até é lembrado o clássico Intriga Internacional, de Alfred Hitchcock, com Cary Grant e a clássica troca de identidades.
Slevin passa a correr risco de morte se não pagar uma dívida deixada pelo amigo desaparecido ou se não matar o filho de um dos gângster - um deles é Morgan Freeman e o outro Sir Ben Kingsley (os personagens dos dois eram amigos, mas por razões que o orgulho explica, acabam se tornando inimigos de morte). Só que o personagem de Hartnett tem uma doença que o faz não ter preocupações. Ele apanha de todas as formas dos asseclas dos mafiosos e tudo dá errado em sua vida, a não ser se envolver com a bela Lucy Liu, a vizinha curiosa.
Lá pela metade da trama, ocorre uma virada que pegará muita gente de calça curta. Não vou contar aqui para não estragar a surpresa, mas é surpreendente. Só um detalhe: não tire os olhos da tela por nenhum momento, para não se perder no filme
inteligente e divertido. O problema, repito, é Bruce Willis. Mas Xeque-Mate passa por cima.

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