sexta-feira, abril 03, 2009

O CASAMENTO DE RACHEL



Nem parece que Jonathan Demme foi o diretor do genial O Silêncio dos Inocentes. Em O Casamento de Rachel (Rachel Getting Married), o resultado é um filme cansativo, quase chato. A nova queridinha de Hollywood, Anne Hathaway, de O Diabo Veste Prada e Noivas em Guerra, é Kim, jovem viciada em drogas, que sai da clínica de reabilitação para ir ao casamento da irmã, Rachel (Rosemarie DeWitt). Claro que a presença de Kim, que fuma sem parar, vai disparar o lado mais cruel da família. Ódios, ressentimentos e a lembrança do irmão mais novo, Ethan, morto precocemente num acidente automobilístico. Demme resolveu utilizar uma câmera nervosa, a exemplo do Dogma 95, que por vezes chega a sair de foco. A história, no entanto, é longa demais, impacientando o espectador. As cenas do casamento em si são intermináveis, até com direito a passistas de carnaval. O que vale a pena elogiar é o anticonvencional, pois a noiva é branca, o noivo, o cantor Tunde Adebimpe, do grupo TV on the Radio, é negro, e passam pela tela indianos, asiáticos e a volta de Debra Winger, uma das musas dos anos 1980, ou alguém aí ainda não viu A Força do Destino? Elogiável por esta ótica.

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