quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Bravura indômita



John Wayne ganhou o seu único Oscar em 1969 no papel do caolho Reuben J. Cogburn, que ajudava a garotinha Mattie Ross a tentar encontrar o assassino do pai dela. O filme se chamava Bravura indômita, então dirigido por Henry Hathaway. A história ganha nova versão agora, com direção dos irmãos Ethan e Joel Coen, que se mostram tão prolíficos quanto Woody Allen, ou seja, um filme por ano. E os dois filmes são baseados em romance publicado por Charles Portis em 1968.
Na versão dos irmãos Coen, veja bem, não é uma refilmagem, Bravura indômita é mais sombrio. Mas não se muda a história da esperta Mattie Roos, de 14 anos, que decide capturar o assassino de seu pai. Para conseguir seu objetivo, a garota passa para trás um comerciante, numa conversa que embaralha até mesmo o espectador. E isso mostra o quanto a estreante Haille Steinfeld tem futuro, desde que faça boas escolhas cinematográficas.
Mattie contrata o caolho e bronco Reuben J. Cogburn, aqui interpretado com gosto por Jeff Bridges. Os dois penetram no território indígena onde se escondeu o assassino Tom Chaney (Josh Brolin, que também esteve presente em outro filme dos Coen, o confuso Onde os fracos não têm vez e no último de Woody Allen, Você vai conhecer o homem dos seus sonhos). Ao lado deles segue o federal La Boeuf (Matt Damon, que faz o básico e isso fica gritante devido as atuações dos outros três protagonistas).
Bravura indômita traz um alento ao gênero faroeste, que assim como o rock’n’roll sempre recebe o carimbo de acabado, mas consegue dar a volta por cima. E volta e meia surge um bangue-bangue, assim mesmo, como se dizia antigamente, para reanimar o estilo, vide Dança com lobos e Os imperdoáveis. E se se procurar bem, sempre tem algum outro escondido por aí.
cotação: ótimo
Chico Izidro

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