Aproveitando os 100 anos do naufrágio do Titanic, em 14 de abril de 1912, o filme de James Cameron, de 1997, retorna às telas, mas desta vez com a tecnologia 3D. A obra, a segunda mais rentável da história do cinema, só perdendo para Avatar, do mesmo diretor, não ganhou cenas adicionais. Continua grandioso, romântico, brega e com cenas extraordinárias do afundamento do então maior navio já fabricado pelo homem.
"Titanic", após uma década e meia, tem uma história conhecida por todos, centrada no casal Jack (Leonardo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet). Ele, um artista miserável, que ganhou a fatídica passagem para a viagem entre Southampton, na Inglaterra, e Nova Iorque, num jogo de pôquer. Ela, a pobre menina-rica, com ares de rebeldia e fadada a casar com um ricaço esnobe, machista e dominador, Caledon 'Cal' Hockley (vivido por Billy Zane, que teve a carreira meio ofuscada após suspeitas de homossexualismo). Rose e Jack apaixonam-se nos primeiros dias de viagem e ficam pelo navio, fugindo do guarda-costas de Spicer Lovejoy (David Warner). Os diálogos românticos são sofríveis, e outros evocam personalidades do começo do século passado, como quando personagens falam de um tal de Sigmund Freud ou Caledon 'Cal' Hockley afirma que esse tal de Pablo Picasso nunca será nada na vida. E a música irritante de Celine Dion continua lá.
A primeira parte das 3h15min, então, é tediosa. Ganha muito na parte final, quando do choque do transatlântico com o iceberg no meio do Atlântico Norte - revendo o filme, pode-se notar ironicamente que Jack e Rose foram os culpados indiretamente pelo acidente, onde morreram 1500 dos 2200 passageiros.
As cenas do naufrágio são de tirar o fôlego. Pena que o 3D não funciona. Titanic não foi idealizado para tal formato. E as imagens acama ficando escuras - o único inconveniente durante certos momentos em que o espectador tira os óculos é com as legendas, que ficam turvas.
Titanic alavancou de vez a carreira de Leonardo DiCaprio, que àquela altura já havia estrelado bons filmes como Diário de Um Adolescente, Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador e Romeu e Julieta. Kate Winslet, surgida em 1994 com o australiano Almas Gêmeas, já mostrava a grande atriz que viria a ser e sua beleza simples. Hoje é oscarizada pelo filme O Leitor e há pouco brilhou também na tevê com a minisérie da HBO Mildred Pierce.
Cotação: bom
Chico Izidro
quinta-feira, abril 19, 2012
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“QUEER”
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