A gente até tenta, vai ver o filme, esperando que algo de bom aconteça. E o que acontece é a famigerada vergonha alheia. “O Concurso”, de Pedro Vasconcelos, me fez recordar daquelas pornochanchadas que assistia no SBT nos anos 1980, de tão tosco e caricatural que é.
A história se passa num final de semana no Rio de Janeiro, onde quatro candidatos a juiz federal se embrenham no submundo em busca do gabarito da prova e se complicam, numa daquelas sequências de erros tão caras ao cinema. Os quatro protagonistas são pérolas do estereótipo. O gaúcho e gay que ainda não conseguiu sair do armário Rogério Carlos (Fábio Porchat), o cearense supersticioso Freitas (Anderson Di Rizzi), o paulista interiorano Bernardinho (Rodrigo Pandolfo) e o tranbiqueiro carioca Caio (Danton Mello).
Todos eles se enfiam num hotel vagabundo, se metem com um traficante anão, param em uma festa funk, brigam com uma gangue de travestis, além de outras bobagens. O momento vergonha alheia fica por conta da participação de Sabrina Sato como uma ex-namoradinha de Bernardinho, ainda apaixonada por ele, e que o persegue pela Cidade Maravilhosa. O pior é saber que diretor Pedro Vasconcelos ainda comparou a atuação da japonesa do Pânico com Fernanda Montenegro. Assustador.
Cotação: ruim
Chico Izidro
quinta-feira, julho 25, 2013
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“QUEER”
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