quinta-feira, novembro 13, 2014

"Mil Vezes Boa Noite"

A fotógrafa jornalística Rebecca (Juliette Binoche) é viciada em adrenalina. Gosta de ação e está sempre presente em zonas de conflito. Após quase morrer ao tentar registrar a ação de uma mulher-bomba no Afeganistão, ela volta para casa, na Irlanda, e enfrenta o desespero de sua família, em "Mil Vezes Boa Noite", direção de Erik Poppe.

O marido, Marcus (Nikolaj Coster-Waldau, de Mama e do seriado Games of Thrones) lhe dá um ultimato: ou larga a carreira e se dedica à família (eles têm duas filhas), ou vai se separar. Ele não suporta mais a angústia de ficar esperando aquele telefonema no meio da madrugada que pode ser o da notícia da morte dela. Rebecca até tenta ficar em casa, cuidando das meninas e cozinhando. Mas sabe que a atividade em campo é mais empolgante. Ao receber nova proposta para viajar ao Quênia para um trabalho humanitário, em princípio Rebecca rejeita, mas a própria família insiste que ela vá, já que parece não haver perigo ali. Rebecca viaja e leva a filha mais velha, Steph (Lauryn Canny). E aí que as coisas encrespam de vez.

"Mil Vezes Boa Noite" evoca o oscarizado "Guerra ao Terror", onde o personagem de Jeremy Renner, especialista no desarme de bombas, não consegue se adaptar a vida normal após voltar do campo de batalha do Iraque. É mais ou menos o que acontece com Rebecca. O problema em seu personagem é a interpréte, Juliette Binoche, que não consegue abandonar aquela cara de eterna sofredora, e isso é muito irritante. A atriz tem talento, isso é inconteste, mas se perde nesta dificuldade de mostrar reações, O destaque acaba sendo a jovem Lauryn Canny, que vive a jovem angustiada Steph.

Cotação: bom
Chico Izidro

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