quarta-feira, abril 29, 2015

“Uma Longa Jornada”



Para começar “Uma Longa Jornada”, dirigido por George Tillman Jr., tem título nacional equivocado. No original, ele é intitulado “The Longest Ride”, já que em nenhum momento há uma jornada no filme baseado em romance do escritor Nicholas Sparks, o mesmo de “Diário de Uma Paixão”, “Cartas Para Julieta” e “Um Homem de Sorte”, e que tem no elenco dois herdeiros de grandes cineastas, Scott Eastwood, filho de Clint Eastwood, e Oona Chaplin, neta de Charlie Chaplin.

O casal Luke (Scott Eastwood) e Sophia (Britt Robertson) é completamente oposto. Ele é um rapaz criado numa fazenda na Carolina do Norte e que ganha a vida como peão de rodeios, enquanto que ela é uma estudante de arte e que ainda por cima projeta estagiar numa galeria de arte em Nova Iorque. Os dois iniciam um romance que não parece ter futuro, quando salvam de um acidente automobilístico o idoso Ira (Alan Alda), que possui uma caixa cheia de cartas. Nelas, a lembrança de seu romance com a jovem judia refugiada austríaca Ruth (Oona Chaplin), que fugiu de seu país por causa dos nazistas.

O filme intercala, então, momentos atuais com cenas passadas nos anos 1940, quando Ira conheceu e se apaixonou por Ruth, e como a história deles foi difícil. Ele, um jovem, vivido por Jack Huston, tímido e retraído, e ela ousada e carente. “Uma Longa Jornada”, porém, é puro água com açúcar, com momentos previsíveis, já vistos em centenas de filmes românticos, música xaroposa, e atuações beirando o sofrível. Scott Eastwood não tem a mínima capacidade interpretativa e Alan Alda parece de saco cheio, em cena talvez para pagar o aluguel. O que se salva é o elenco feminino, com uma atuação segura da jovem Brett Robertson, do seriado “Under the Dome” e de “Pânico 4” e de Oona Chaplin.

Cotação: ruim
Chico Izidro

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