quinta-feira, junho 04, 2015

"Qualquer Gato Vira-Lata 2"



A pergunta é: por que estas continuações: Ora, porque dão dinheiro e o público médio, nada exigente, adora. O que vale a pena em "Qualquer Gato Vira-Lata 2", direção de Roberto Santucci e Marcelo Antunez, é a beleza estonteante de Cleo Pires, revivendo o papel da confusa e romântica Tati.

Ela terminou o primeiro filme namorando o certinho professor e escritor Conrado (Malvino Salvador) e deixando para trás o bronco e conquistador barato Marcelo (Dudu Azevedo).

Agora Conrado está lançando seu livro, onde analisa os relacionamentos amorosos e fará uma palestra no Caribe. Palco perfeito para Tati pedir o namorado em casamento. E ela arma todo um circo para fazer o pedido. E Conrado pede um tempo para pensar. Momento terrível e constrangedor para Tati. E Marcelo vê que pode tentar reconquistar a ex-namorada, aparecendo no hotel caribenho e fazendo mil promessas.

O filme ainda traz um momento "mea-culpa", onde aparece Fábio Júnior no papel do pai distante de Tati. E na cena, ele se desculpa por ter sido tão distante da vida dela, exatamente como na vida real. E ainda com tempo para ele cantar um de seus clássicos oitentitas, "O Que Será?". Não precisava.

"Qualquer Gato Vira-Lata 2" derrapa num roteiro rasteiro, com diálogos infames. E atores parecendo não ter nenhum recurso dramático, apelando para caretas e gestuais histéricos. O que pode distrair um pouco é o visual de comercial, com cores vivas e berrantes, e um local paradisíaco.

Cotação: ruim
Chico Izidro

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