quarta-feira, agosto 12, 2015

"A Dama Dourada" (Woman in Gold)




O Holocausto foi o maior crime já perpetrado pela humanidade. O extermínio de um povo feito de um modo sistematicamente planejado. Com direito a roubos de bens das vítimas judias. E é isso que destaca "A Dama Dourada", direção de Simon Curtis. Baseado em fatos reais, o filme mostra a batalha da judia Maria Altmann (Hellen Mirren) e de seu advogado Randol Schoenberg (Ryan Reynolds) por um quadro feito pelo pintor Gustav Klimt no começo do século passado. Nele, o artista austríaco retratou a tia de Maria, Adele Bloch-Bauer.

Quando os nazistas invadiram a Áustria em 1938, no que ficou conhecido como Anchluss, a família de Maria foi depenada pelos alemães. Ela conseguiu fugir com o marido para os Estados Unidos. Mais de meio século depois, Maria decidiu entrar com uma ação contra o governo austríaco, que ficou com a posse do quadro e de outras pinturas, que haviam sido confiscadas pelos nazistas.

"A Dama Dourada" é basicamente um drama jurídico, do que tanto gostam os americanos. O interessante é ver a atuação de Hellen Mirren e de Ryan Reynolds, que interpreta um advogado jovem e inexperiente. A dupla decide bater de frente com o governo austríaco, irredutível em não querer devolver os quadros e de certa forma negando o passado nazista.

No filme, a história é mostrada em dois tempos: no final dos anos 1990, quando houve a batalha jurídica, e nos anos 1930, quando Maria e sua família viram a Áustria ser invadida pela Alemanha nazista e o apoio dos austríacos aos invasores, numa excelente reconstituição de época.

Cotação: ótimo
Chico Izidro

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