quarta-feira, abril 06, 2016

“Para Minha Amada Morta”




“Para Minha Amada Morta”, direção de Aly Muritiba, tem uma ótima sinopse, porém não é explorada de todo e acaba sem um clímax, um final convincente, além de certas liberdades do roteiro atrapalharem um pouco o desenvolvimento da história.
Fernando Alves Pinto, de “2 Coelhos” é um fotógrafo da polícia que fica viúvo e com um filho pequeno para cuidar. Ele não consegue superar o luto, e passa o tempo abraçado as lembranças de sua mulher. Até o dia que ao olhar antigas fitas de VHS, descobre que a sua mulher o traia.

Fora de si, ele decide procurar o amante da falecida. E ao encontrá-lo, assume uma outra identidade, a de um crente – o amante de sua mulher é um crente, casado, e com duas filhas. E aluga a casa dos fundos de Salvador (Lourinelson Vladmir), para se infiltrar no cotidiano do cara. Logo ele vai estar abanando as asas para a mulher de Salvador, Raquel (Mayana Neiva) e fazendo amizade com a filha adolescente dele, Estela (Giuly Biancato). A pergunta é quando que Fernando vai se revelar para Salvador e se vingar do indivíduo?

O filme acaba falhando, apesar da boa atuação de seus atores. Pois tudo é entregue de forma tão fácil. Simplesmente Fernando abandona o trabalho e a facilidade com que Salvador é encontrado, o modo como o fotógrafo vai morar nos fundos da casa do amante de sua falecida mulher. “Para Minha Amada Morta” nunca chega a um momento explosivo, nem mesmo quando os dois homens se confrontam na cozinha. Nada acontece, deixando um certo questionamento: faltou inspiração para o diretor terminar sua história?

Duração: 1h53min

Cotação: regular
Chico Izidro

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