segunda-feira, setembro 02, 2019

“Um Amor Impossível” (Un Amour Impossible)



Baseado no best-seller de Christine Angot, “Um Amor Impossível” (Un Amour Impossible), direção de Catherine Corsini, percorre décadas na vida de uma humilde mulher, Rachel (Virgine Efira), que se apaixona por um estudante Phillippe (Niels Schneider), e tem uma filha com ele. O problema é que o rapaz não aceita casar com ela e nem reconhecer a menina, por causa da diferença de classe deles.

A trama se inicia nos anos 1950, quando o casal central se conhece numa festa na pequena Châteauroux, na França. Rachel, para a época, com 25 anos, já era considerada uma solteirona, e engravida. O filme vai mostrar como era ser mãe solteira, mas sendo a França um país mais liberal, isso não era problema. A questão era a diferença de classes entre a heroína e Phillippe e ele se recusa terminantemente a estreitar laços com a moça, que vai se virando sozinha e sonhando em casar. Mas o mais importante é ter a filha reconhecida.

A história vai dando pulos no tempo, e pode-se ver a pequena Chantal passar de criança para adolescente, depois adulta – alguns saltos temporais deixam a história, por vezes, meio confusa. Chantal se aproxima do pai, se afasta, se aproxima de novo, existe uma acusação de abuso sexual, que nunca fica claro. Mas isso não incomoda, dá até um certo charme ao filme.

Reconstituição de época, maquiagem, a complexidade de se criar uma filha sozinha – a menina vai se tornar meio rebelde, como quase todo o adolescente. As várias atrizes que vivem Chantal se destacam, assim como Virgine Efira, já vista em comédias românticas como “Um Amor à Altura” e “Na Cama com Victoria”. Suas mais de duas horas passam quase que voando, com uma história deliciosa e intrigante.

Cotação: bom
Duração: 2h15

Chico Izidro

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