Em "O Telefone Preto" (The Black Phone), direção de Scott Derrickson (Doutor Estranho, A Entidade, O Exorcismo de Emily Rose), vemos a história do adolescente Finney Shaw (Mason Thames) que é abduzido por um serial killer de crianças, o Sequestrador (Ethan Hawke), em um dos papéis mais assustadores de sua carreira.
A trama transcorre na cidade de Denver, em Colorados, no ano de 1978. Lá, uma série de desaparecimentos de adolescentes, todos eles garotos, está acontecendo. O personagem principal é Finney Shaw, um garoto de 13 anos, que sofre bullying na escola, e vive com a irmã mais nova, Gwen (Madeleine McGraw) e o pai, alcoólatra e abusivo, Terrence, vivido por Jeremy Davies. Ele tem como melhor amigo um menino mexicano, que geralmente o salva dos bullers na escola, e que acaba também desaparecendo. A polícia e a mídia não têm suspeitos, mas apelidou o criminoso de "Grabbler", que vem aterrorizando o bairro.
E certo dia, quando andava sozinho pelas ruas, Finney acaba sendo raptado, e acorda em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto em uma das paredes. Logo ele se depara com seu sequestrador, que usa uma máscara sinistra para esconder a identidade. Finney sabe que será morto em alguns dias. E então surge o tal telefone do título, que apesar de desconectado, acaba tocando e o menino escuta as vozes dos outros garotos que haviam sido raptados anteriormente - num toque meio sobrenatural do filme. E aos poucos, Finney começa a receber a ajuda das vítimas do assassino, para tentar escapar. A explicação para mim é que, na realidade, o personagem começou a ter alucinações devido as privações do cárcere.
"O Telefone Preto" é um filme de muita tensão, suspense, lembrando os grandes thrillers de terror da década de 1990, como por exemplo "O Silêncio dos Inocentes". E faz uma bela reconstituição dos anos 1970, com aquele visual exagerado, que seria levado ao extremo na década seguinte.
E Hawke brilha durante boa parte do filme, com sua presença assustadora sendo lembrada, mesmo quando ele não está em cena. Seu personagem é perverso, cínico e apavorante. Mas também se destacam os estreantes Mason Thames e Madeleine McGraw, escolhas perfeitas para os papéis de Finney e Gwen Blake, respectivamente. Os dois conseguem mostrar uma série de emoções incríveis, com olhares, diálogos, poses fenomenais.
Enfim, o longa-metragem é um baita filme de terror, com todos os personagens tendo presença certeira em cena. E que vai agradar aos fãs do gênero. E um aviso: quando estiver andando sozinho nas ruas, fique esperto quando uma van parar ao seu lado - nunca converse com o motorista...
Cotação: ótimo
Duração: 1h43min
Chico Izidro
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