sexta-feira, abril 25, 2008
O Signo da Cidade
Ainda acho que Robert Altman com o seu Short Cuts acabou fazendo muito mal ao cinema. Desde essa obra-prima, muita gente tenta imitá-lo ao querer fazer filmes onde personagens separados por um abismo acabam se cruzando em determinada parte da história. Faltava a versão brasileira. Agora com O Signo da Cidade, de Bruna Lombardi (roteiro) e Carlos Alberto Ricelli (direção) foi suprida esta ausência. O filme, no entanto, é cheio de altos e baixos, mais baixos.
Bruna é Teca, astróloga que tem um programa de rádio onde dá dicas para os ouvintes, numa São Paulo desesperançada. Todo mundo sofre. Inclusive ela, com um pai (Juca de Oliveira) que durante anos foi ausente e agora está moribundo no hospital. Também lhe falta amor, até que ela se encanta com o vizinho (Malvino Salvador), um marceneiro que é traído pela esposa.
E nesta gigantesca cidade, vários personagens sofrem por falta de perspectivas, por terem de guardar segredos que lhes consomem, como o jovem que esconde da mãe ser homossexual, o rapaz depressivo, o garoto que pretende dar a viagem dos sonhos para a mãe (ele é Kim Ricelli, a cara do pai).
O filme ainda erra feio no clichê. Os personagens são estereotipados, como o ladrão...negro...o travesti...negro...o enfermeiro chamado de Sombra...por ser negro...se isso não é racismo...
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