sábado, fevereiro 28, 2009

MILK - A VOZ DA IGUALDADE



Em Milk - A Voz da Igualdade, o diretor Gus Van Sant, dce Elefante e Paranoid Park, conta os oito anos cruciais da vida do ativista norte-americano Harvey Milk, o primeirol homossexual a assumir um cargo político nos Estados Unidos - mais precisamente o de supervisor regional em São Francisco, o que aqui pode ser equiparado ao de vereador.
Milk é interpretado magistralmente por Sean Penn, que desde O Pagamento Final (Carlito's Way, de 1993) tem se mostrado um dos grandes atores da atualidade (e ele também dirige muito bem, vide o belíssimo Na Natureza Selvagem). Os oito anos de Milk que Sant leva às telas começa em 1970, quando o então enfastiado e enrustido quarentão conhece e se apaixona por Cleve Jones (James Franco, de O Homem-Aranha). Os dois deixam Nova Iorque e partem para São Francisco, cidade mais liberal e que recém tinha visto terminar o seu auge hippie. Na cidade californiana, Milk acaba entrando na vida política e depois do término de seu relacionamento com Jones, engata outro com Jack Lira (um irreconhecível Diego Luna, de E Tua Mãe Também e 171). E depois de anos de tentativas frustradas, Milk consegue ser eleito, isso em 1978. Mas mal consegue exercer o seu cargo - foi assassinado pelo colega Dan White (Josh Brolin, que desde Onde os Fracos Não Têm Vez tem se revelado um ótimo ator).
O filme, aliás, inicia com Milk ao gravador, prevendo sua morte próxima, pois pisa num terreno arenoso, que é o de lutar pelos direitos dos gays. O público conservador, certamente, não vai aprovar tal filme e mesmo evitá-lo. E a censura já começou quando o dublador oficial de Sean Penn no Brasil, Marco Ribeiro, que é pastor evângélico no Rio de Janeiro, negou-se a fazer o trabalho, pois "foge aos seus princípios" e porque também se o fizesse, a patrulha contra ele seria terrível.

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